A nova animação do estúdio Illumination, o mesmo responsável pela criação de “Meu Malvado Favorito”, resolveu explorar o cotidiano dos animais de estimação enquanto seus donos saem para suas rotinas na movimentada Nova Iorque. O filme aborda outros temas que parecem ter sido reciclados para este, entendemos que não é um filme maduro. Só que antes do longa começar veremos um breve curta dos Minions, onde haverá uma breve ligação com a película que se iniciará.
Bem próxima da ideia de “Toy Story”, este filme foca no mimado terrier Max, que com a chegada do cão Duke, terá seu território ameaçado e fará de tudo para se livrar do novato grandalhão, claro que sem sua dona perceber. A rivalidade os expõe a risco, tendo que contar com a ajuda dos outros bichos da vizinhança. Dentre os animais temos Gigi, a temperamental cadelinha apaixonada por Max; Chloe, a gata preguiçosa que só se esforça pra pegar algo na geladeira, dentre outros animais divertidíssimos dentro de esteriótipos.
Ainda que tenha uma dinâmica, o filme não possui originalidade, nem mesmo na criação dos personagens, estando atrás de filmes do gênero lançados neste ano, como “Zootopia”. A sua história deixou muitos furos, que provavelmente seriam aprofundados se houvesse mais tempo. Teremos diversos temas, como a adoção e o abandono, a castração e até mesmo a deficiência, que já foi demasiadamente abordada em “Procurando Dory”. Compensa com sua qualidade visual e o 3D será bastante valorizado.
Com muitas propagandas e até mesmo inserindo as próprias obras do estúdio como “Os Minions” e a futura animação “Sing”, vemos o quanto é comercial. Como se não bastasse tudo isso teremos na dublagem os atores da Rede Globo: Tata Werneck (Gigi), Tiago Abravanel (Duke), Luis Miranda (que fará o irritante coelho Bola de Neve) e o veterano dublador Danton Mello (Max), que embora façam um bom trabalho, foram convidados para dar maior visibilidade ao filme, uma prática comum nessa indústria.
Com certeza irá divertir o público e irá atrair público pela fofura em excesso, entretanto, não será o maior sucesso do estúdio, que continuará defasado se não buscar alternativas mais criativas que vão além da imagem, mas sim do conteúdo que parece não desafiar nenhum limite que outros já tenham atravessado.