Crítica – Passageiros

João Fagundes
3 Min de Leitura

Com um elenco de peso, a nova e arriscada investida do diretor Morten Tyldum, diretor de “O Jogo da Imitação” (2014), vem para tentar deixar sua marca no espaço e se possível for, superar suas obras anteriores. Por se passar no futuro, é garantida a liberdade de fazer tudo que sua imaginação oferece, o que nos deixa sempre curiosos.

O cruzeiro espacial Avalon  transporta mais de 5000 passageiros e tripulantes, onde todos deixam a Terra e visam a colônia Homestead II. Com uma promessa de um futuro melhor, várias pessoas optaram por essa caríssima viagem que dura 120 anos, onde todos ficam em uma cápsula de hibernação, sem envelhecer ou adoecer, pausando a vida para viver sob outra realidade. Jim Preston (Chris Pratt) foi o “sortudo” de acordar antes do desejado, faltando 90 anos para concluir a viagem.

 

A nave Avalon é bastante luxuosa, mas totalmente solitária, o que faz Jim desejar uma companhia que vá além do andróide barman Arthur (Michael Sheen). Ao ver a cápsula de Aurora Lane (Jennifer Lawrence) foi um momento de difícil escolha, já que acordá-la será o mesmo que tirar sua vida. Até então tudo é bastante curioso, ainda que previsível a cada “descoberta”.  Entre diversas falhas no sistema, aos poucos percebemos que há algo de errado.

O que buscamos no filme é entender a razão deles terem acordado, uma situação que não é complexa e de fato não interessa tanto no momento em que procuramos ver a química do casal. Pratt segura a maior parte do filme, pois de fato ele é o protagonista. Já Lawrence faz a bela dama acompanhante e dependente que os filmes não cansam de usar.

 

Os efeitos visuais estão bons, ainda mais no formato 3D. Sua fotografia simples terá o suficiente para exprimir mais do ambiente intenso. É uma história ambiciosa, mas sua conclusão não parece manter o ritmo inicial, aceitando qualquer opção para resolver a duração de quase duas horas.

É um esforço válido de ser um blockbuster, ainda mais com a proximidade de séries do momento,  como “Black Mirror” e o recente lançamento “Rogue One”(2016) da franquia  Star Wars. Apesar de ter qualidade, é um produto simples demais para o que era esperado.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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