A adaptação do livro homônimo de Seth Grahame-Smith, que se utiliza do clássico “Orgulho e Preconceito” de Jane Austen é esperada de forma intensa, ainda que introduza o velho Apocalipse Zumbi em um mercado que já não quer mais isso. 10 anos após a bem sucedida adaptação do livro original, é chegada a hora de se morder e sangrar até a morte(?).
A obra pode ser mal interpretada por quem espera comédia nas quase duas horas de duração. Está engraçado nos momentos certos, o que se uniu a ação. As sequências são de encher os olhos, ainda que os efeitos especiais sejam inferiores e as atuações sejam medianas. Sua trilha sonora é básica e nada original.
Muitas cenas são semelhantes ao filme “Orgulho e Preconceito”, mas com o elemento terror até que será possível tomar alguns sustos ao ver zumbis um tanto trash para quem já se acostumou com a maquiagem de “The Walking Dead”. A beleza feminina combinada com armas é infalível.
Lily James (Cinderella) mostrou pouco entusiasmo e não gera uma química entre ela e Sam Riley (Malévola) mesmo depois do decorrer da obra, sendo talvez Jack Huston (Trapaça) um interesse maior, sem dúvida ele conseguiu ser o mais carismático, assim como Lena Headey e Charles Dance (ambos de “Game Of Thrones”) que são uma amostra de boa atuação. A grande piada é o ator Matt Smith (Doctor Who) que teve um desempenho sofrível, ainda que arranque algumas gargalhadas.
Não tenham pressa de sair do cinema assim que surgirem os créditos, pouco tempo depois haverá o verdadeiro final. O que não é algo para se aplaudir, já que é uma insatisfação atrás da outra. Com isso o diretor Burr Steers apostou, mas ele falhou ao apostar num elenco popular e com tantos personagens que não se teve controle. Ainda sim o filme servirá para quem quer algo com um pouco de tudo… incluindo decepção.