O novo filme do diretor do remake “A Morte do Demônio” de 2013, Fede Alvarez, é a prova viva de que o terror pode ser extraído de qualquer fonte. O que poderia ser mais um thriller psicológico, conseguiu se aliar ao prático home invasion para gerar um suspense aflitivo e imprevisível com apenas 88 minutos de duração; esses que passarão voando.
Três jovens delinquentes usam seus talentos para invadir residências e praticar roubos, o que parece ter chegado ao fim. Quando estão prestes a realizar seu último crime, assaltar a casa de um senhor cego que vive em uma região praticamente deserta, a situação parece mudar conforme esses adolescentes entram e descobrem cada vez mais sobre esse misterioso homem.
Com um roteiro bem floreado, conhecemos o básico sobre cada um dos personagens, que não são muitos, o que o filme não se preocupará nos momentos seguintes. Jane Levy interpreta Rocky, que é a ardilosa companheira feminina do trio, sendo a personagem mais exposta ao perigo, até porque tudo parece depender de suas atitudes. Uma digna atuação de Levy, que já trabalhou com o diretor em “A Morte do Demônio”.
O ator Dylan Minnette mostra o mesmo papel que desempenhou no recente “Goosebumps”(2015), com mínimas variações. Já Daniel Zovatto (“Corrente do Mal”) mostra algum talento para o gênero terror. Por último, mas não menos importante (longe disso) temos Stephen Lang (“Avatar”) no papel do homem cego que será tudo, menos “limitado” ou “incapaz” como estamos acostumados a subestimar. O papel é de tirar o fôlego e nem ao menos tem um nome.
Como a maioria dos filmes de suspense/terror este teve um orçamento mínimo, mas diferente de muitos resultados sofríveis, esse possui uma computação gráfica mais discreta e eficiente no resultado que fez o filme garantir o #1 em sua estréia dos Estados Unidos e Canadá e arrecadar quase o triplo do valor investido. Conseguiu uma história que extrapola os limites do possível, mas que assusta e diverte todos que esperavam apenas um passatempo do final de semana.