Crítica – O Homem nas Trevas

João Fagundes
3 Min de Leitura

O novo filme do diretor do remake  “A Morte do Demônio” de 2013, Fede Alvarez, é a prova viva de que o terror pode ser extraído de qualquer fonte. O que poderia ser mais um thriller psicológico, conseguiu se aliar ao prático home invasion para gerar um suspense aflitivo e imprevisível com apenas 88 minutos de duração; esses que passarão voando.

Três jovens delinquentes usam seus talentos para invadir residências e praticar roubos, o que parece ter chegado ao fim. Quando estão prestes a realizar seu último crime,  assaltar a casa de um senhor cego que vive em uma região praticamente deserta, a situação parece mudar conforme esses adolescentes entram e descobrem cada vez mais sobre esse misterioso homem.

T02

Com um roteiro bem floreado, conhecemos o básico sobre cada um dos personagens, que não são muitos, o que o filme não se preocupará nos momentos seguintes. Jane Levy interpreta Rocky, que é a ardilosa companheira feminina do trio, sendo a personagem mais exposta ao perigo, até porque tudo parece depender de suas atitudes. Uma digna atuação de Levy, que já  trabalhou com o diretor em “A Morte do Demônio”.

O ator Dylan Minnette mostra o mesmo papel que desempenhou no recente “Goosebumps”(2015), com mínimas variações. Já Daniel Zovatto (“Corrente do Mal”) mostra algum talento para o gênero terror. Por último, mas não menos importante (longe disso) temos Stephen Lang (“Avatar”) no papel do homem cego que será tudo, menos “limitado” ou “incapaz” como estamos acostumados a subestimar. O papel é de tirar o fôlego e nem ao menos tem um nome.

T04

Como a maioria dos filmes de suspense/terror este teve um orçamento mínimo, mas diferente de muitos resultados sofríveis, esse possui uma computação gráfica mais discreta e eficiente no resultado que fez o filme garantir o #1 em sua estréia dos Estados Unidos e Canadá e arrecadar quase o triplo do valor investido. Conseguiu uma história que extrapola os limites do possível, mas que assusta e diverte todos que esperavam apenas um passatempo do final de semana.

Share This Article
Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
Leave a comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *