Depois de, mais ou menos, sete anos, o Surperman chega novamente às telonas. Dessa vez, comandado por grandes nomes do cinema atual: Christopher Nolan (A Origem, 2010), David S. Goyer (roteirista em Batman Begins, 2005) e Zack Snyder (Watchmen, 2009) – amado por alguns e mal compreendido por outros.
Com uma temática e tom totalmente diferente do filme anterior, O Homem de Aço nos conta a história que todos já conhecemos: Kal-El escapa, ainda bebê, antes da destruição de Krypton e cai no planeta Terra – mais precisamente em Smallville. Acolhido por Jonathan e Marta Kent, o jovem, agora chamado de Clark Kent, descobre que não é como os outros e, quando adulto, torna-se defensor do planeta.
Mesmo estando como produtor, Nolan consegue deixar sua marca: com um tom mais realista, O Home de Aço mostra a jornada de auto descobrimento do Super-Homem. Por isso o nome do filme é Homem de Aço, já que é contada a história do homem e não do super-herói. As dúvidas e questionamentos do personagem o trazem para mais perto do espectador.
Ao contrário de Christopher Nolan, Zack Snyder deixa o seu estilo de lado e tenta contrariar aspectos e técnicas de outros diretores como Terrence Malick e Michael Bay. Snyder abandona os seus famosos slow-motions, mas consegue construir cenas belas e inspiradoras.
A trilha sonora do filme, escrita por Hans Zimmer (Missão Impossível, 1997; Rei Leão, 1994) acerta em vários momentos. A mais interessante, em minha opinião, foi a cena que Clark é visto com a roupa do Superman e consegue voar pela primeira vez.
O vilão Zod, interpretado por Michael Shannon (Foi Apenas um Sonho, 2008) é, talvez, o grande destaque do filme. Sua interpretação convence como vilão e é capaz provocar pena e compreensão de suas decisões pelo público. Para mim, Zod é o vilão que o Mandarim, de Homem de Ferro 3, não foi. Uma verdadeira ameaça para o herói e um vilão tem seus argumentos e objetivos bem definidos.
Apesar de tudo, o roteiro tem algumas falhas. O relacionamento entre Louis Lane e Clark é pouco desenvolvido, ainda que Amy Adams (O Vencedor, 2010) esteja ótima no papel da jornalista. Além disso, a cena da batalha em Smallville e Metrópolis é um tanto exagerada e o roteiro comete alguns erros no que diz respeito às características do personagem. Eu acho que o Super-homem não seria capaz de roubar nem de matar alguém.
Enfim, O Homem de Aço é um filme ousado e que renova a história do Superman para as novas gerações. O filme tem tudo para ser um sucesso e mostra que tem fôlego para ser o primeiro de uma série de grandes filmes sobre um herói.