Crítica – O Caseiro

João Fagundes
2 Min de Leitura

O cinema brasileiro sempre busca inovações para seu repertório, o que nos fez engolir comédias e mais comédias, uma saturação que não terá fim tão cedo. Entretanto, ainda podemos ter uma alternativa ao apostar no terror, gênero que não precisa de um grande orçamento para garantir um sucesso de bilheterias. O diretor Julio Santi, responsável pelo drama “O Circo da Noite”, dessa vez nos apresenta “O Caseiro”.

O filme tem uma atmosfera de suspense com um elenco composto por atores iniciantes e alguns que já esbarramos em alguma novela. Os dialogos são dramáticos, repleto de meias palavras que nos levam por um caminho investigativo. O que nem parecia um terror deixou para os últimos minutos algo para ser catalogado no gênero. A boa fotografia cativa o olhar do espectador.

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Davi Carvalho (Bruno Garcia) é um professor de psicologia; famoso por seu livro que relata um caso sobrenatural resolvido através do estudo da mente. Embora cético, ele decide ajudar uma jovem do interior, cuja família não entende estranhos acontecimentos em sua casa. Até então todos os relatos da família apontam o caseiro que ali morou há 45 anos, o qual teve um fim trágico.

As atuações são razoáveis, mas a história é o grande apoio para esses personagens que não são diferentes de outros dos filmes de suspense/terror. Com algumas faltas no roteiro, ainda sim conseguiram um clima de imersão bastante proveitoso. Em sua conclusão as peças se encaixam, mas dificilmente serão aceitas por quem quer algo para se arrepiar. É fato que este é o primeiro passo de muitos que precisamos dar.

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Para uma aposta este filme é aceitável, onde a investigação prenderá sua atenção. O suspense é um adicional, mas o terror poderia ser mais dividido entre os 88 minutos de duração. Será divertido encontrar um pouco de cada filme neste, que se não fosse o idioma português passaria como um internacional, já que não tem um diferencial. Não queremos clichês internacionais, quanto mais nacionais.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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