Crítica – O Caçador e a Rainha do Gelo

Danilo de Oliveira
5 Min de Leitura

Quem diria que o regular Branca de Neve e o Caçador de 2012 gerasse um filme derivado.Tudo bem que o longa fez aproximadamente $396 milhões no mundo, mais com certeza é mais lembrado por polemicas de fidelidade amorosa que por seus méritos.Bom, independente disso O Caçador e a Rainha do Gelo retira a personagem de Kristen Stewart e foca os olhos no outro protagonista da fita(O Caçador) juntamente com a nova personagem titulo para realizar ao mesmo tempo uma prequel e sequencia do filme de 2012. No entanto, essa ideia de nada adianta quando se tem em mãos um material tão pouco interessante e que, curiosamente, não tem nada de novo, servindo apenas para render outro longa tecnicamente bem feito ,mais sem personalidade própria envolvendo esse universo.

Escrito por Evan Spiliotopoulos e Craig Mazin, e dirigida pelo estreante Cedric Nicolas-Troyan(, responsável pelos efeitos visuais do original) a primeira parte da trama se estabelece como uma prequel e nos mostra a Rainha Freya( Emily Blunt) irmã mais nova de Ravenna (Charlize Theron)que após uma catástrofe na vida pessoal  e tomada pelo ódio acaba despertando seus poderes até então adormecidos(bem no estilo X-Men!) e se transforma na Rainha do Gelo.Com isso ela ruma para o norte e dá início ao seu reino de gelo e sem amor, o que inclui sequestrar crianças e treiná-las para serem seus Caçadores. Entre elas estão Eric e Sara, que crescem como seus melhores guerreiros (além de ganharem os rostos de Chris Hemsworth e Jessica Chastain, respectivamente) e, claro, acabam sendo separados quando o amor que sentem um pelo outro é descoberto. Logo depois o filme se assume como sequencia,passando após ele já ajudado Branca de Neve a derrotar Ravenna, volta a ser colocado no caminho de Freya, que agora cobiça o poder do antigo espelho da irmã, cabendo ao Caçador e seus ajudantes, os anões Nion e Gryff (Nick Frost e Rob Brydon), encontra-lo antes dela.

Eric-Sara

Bom o roteiro do filme segue um sem numero de clichês de vários filmes de fantasia dos anos 80, além de outras produções sem ser basicamente do gênero, que em alguns momentos podem agradar o publico casual e que não espera muito da produção.Assim encontramos Frozen,Senhor dos Anéis,Alice no Pais das Maravilhas entre vários outros.Mais o que é possível notar é que o roteiro peca em conferir qualquer apelo emocional em seus personagens, tudo isso por causa das soluções dadas aos seus conflitos que pasmem, são relevantes mais são solucionados de forma rasteira e pouco crível o que chega a ser enfadonho de ver.Arcos interessantes como o caso da Freya,que ao desperta seus poderes devido a uma tragédia e se torna fria e rígida não tem uma abordagem bem solucionada quanto ao tema da descrença e repulsa do amor que toma a vilã. Alias os demais temas do filme são piegas como as singulares postagens de amor do Facebook.

No entanto se o roteiro e os diálogos pecam a parte técnica se sobre sai.Os efeitos visuais do filme são bem consistentes, a fotografia sabe bem destacar os tons de cada reino da produção.Já o figurino é realmente incrível,principalmente os de Ravenna e Freya  que sabem destacar as personalidades de suas personagens de forma excepcional.

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No campo de atuações há muito ator desperdiçado. Chris Hemsworth, por exemplo, pode ser um ator carismático, mas não consegue fazer muita coisa diante da uni dimensionalidade de Eric, um personagem que como na aventura anterior não muda muito o tom automático e ainda tem um certo tom cômico exagerado em alguns momentos.Jessica Chastain segue a mesma linha como Sara mais ela parece mesmo assim se divertir no papel,sabendo que seu  potencial como atriz foi desperdiçado aqui.A Freya da Emily Blunt embora até bem no papel, seu arco não tem o desenvolvimento relevante que a personagem merecia,sobra o melhor então para Charlize Theron que mesmo com pouco tempo em tela nos dar uma Ravenna de trajetos malignos convincentes que a atriz sul africana faz com gosto.

Bom, O Caçador e a Rainha do Gelo é um filme repleto de clichês que desperdiça seu grande elenco em um roteiro preguiçoso que mesmo com temas relevantes, não são abordados de forma adequada e proposta pelo filme.Dessa vez o amor não prevaleceu!

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