A obra shakespeariana ganha mais uma vez uma versão cinematográfica um tanto diferente da sua primeira original de 1948, mas sem perder seu enredo conflitante e motivação ambicioso no qual o personagem Macbeth se deixando ser envolvido pelo poder mesmo que seja da pior forma para ser conquistada: pela ambição e morte ditado por bruxas e reforçado pela sua enigmática e maquiavélica esposa.
A estrutura novelesca com um estética um tano televisiva (lembrou alguns momentos uma mistura de “Coração valente” mesclado ao épico da HBO “Game of Thrones” contrasta-se por uma narrativa totalmente voltada a linha teatral (com grande e bem executados monólogos e seu entretenimento deixando uma visão muito otimista e brilhante das atuações do sempre ótimo Michael Fassbender (que no longa equilibra com maestria a pisque natural, loucura e passividade sugestivamente psicopata do seu personagem) e a bela Marion Cotillard com seu estilo enigmático e soturno melancólico de atuar casando formidavelmente com sua a personagem.
O filme conta além de suas excelentes atuações, num visual mórbido, com fotografia exuberante, visualmente ele é lindo, cada frame lembra uma pintura que se anexa a som apoteótico musical digno dos épicos de guerra.
Apesar de tudo, o filme de temática romance capa e espada não deverá ser recomendado aos espectadores que não apreciem uma obra de tal magnitude poética pois os mesmo podem achar apesar da temática de ambição, guerra e morte, um tanto cansativa a ponto de dar sono em algumas cenas e arrastada em visto que o principal do filme é mostra a mente perturbada do personagem Macbeth pela conquista do poder em decorrer de profecias alquebradas de bruxas do tempo.
É válido para os bons amantes de belas atuações e roteiros inteligente e conflitantes, em suma, o longa é uma faca de dois gumes na hora da escolha de conhecer uma das histórias mais famosas de Shakespeare.