Crítica – Kung Fu Panda 3

João Fagundes
3 Min de Leitura

Ter filmes com outras culturas é sempre uma experiência diversificada, fácil de encher os olhos, e no caso de Po até o estômago. Dando uma sequência ao filme de 2011, e indiferente ao desenho exibido na Nickelodeon (ninguém se sentirá perdido por não ter visto), a lenda do “Dragão Guerreiro” ressurge em 3D.

A animação aborda temas interessantes para as crianças, onde Po (Jack Black), o panda que foi criado pelo ganso Sr. Ping (James Hong) tem a sorte de encontrar seu pai biológico. Ao se aproximar de sua espécie, finalmente Po descobrirá o que é ser um panda. O problema é que Kai (J.K. Simmons), um espírito maligno consegue retornar do além após aprisionar os mestres do Kung Fu e escravizá-los.

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O 3D está belíssimo desde o início, onde deixa os grandiosos cenários e as cenas de luta uma verdadeira obra de arte. A trilha sonora composta por Hans Zimmer, que é referência na área, em parceria com Lorne Balfe (“Cada um na sua Casa”, também da DreamWorks) está incrível.

Os escritores Jonathan Aibel e Glenn Berger, responsáveis desde o primeiro “Kung Fu Panda” fizeram Po crescer para o público, mas deixaram os demais personagens de lado. Onde “Os Cinco Furiosos” mostram mais coisas sobre si? Eles não são personagens de apoio! O vilão não é carismático ou engraçado, e apesar de ter foco no que quer é outro personagem esquecível.

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Com o surgimento de novos personagens é fácil imaginar quais serão suas funções. Quem pensa isso será levado a erro. A versão feminina de Po é um exemplo de uma personagem que parecia ter mais utilidade. O pai de Po é outra aquisição para o time, é o que se esperava de um pai que não foi presente até então, nenhuma novidade.

A conclusão é um tanto forçada, já que todo mundo aprende o que ninguém antes sabia. Algumas cenas podem nos lembrar outras obras da Dreamworks como “Shrek 2” e “Madagascar 2“, mas apenas lembram. Não parece um final definitivo, o que pode animar uma continuação em alguns anos. É um franquia que manteve o seu princípio oriental e seu humor que agradará toda família, e como uma boa história faz, essa consegue implantar uma saudade das películas anteriores.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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