Crítica – KONG: A Ilha da Caveira

João Fagundes
3 Min de Leitura

Faz mais de uma década que não haviam adaptações do gigante gorila King Kong, por essa razão esse retorno é muito aguardado pelos fãs e até mesmo os curiosos pelo gênero fantasia e aventura. Curiosamente, a trama deste é similar ao do primeiro longa da franquia, “King Kong” de 1933, onde apresentaram a criatura em seu lar, a misteriosa Ilha da Caveira. Não vamos nem comparar a qualidade visual de ambos, já que seria uma terrível covardia. Se só o conhece pela famosa cena dos prédios, é melhor conferir suas origens aqui.

Um ex-militar viaja com um grupo de desbravadores até a mítica Ilha da Caveira, local que até então existe muita dificuldades para conhecer. Tendo que enfrentar criaturas estranhas que habitam o local e lidar com encontros inesperados que poderão colocar a vida de seus pesquisadores em perigo, ainda mais com o perigoso encontro do rei dos símios, King Kong. Tendo que sobreviver nessa bela e traiçoeira ilha do Pacífico, é preciso descobrir uma maneira de escapar com vida.

O filme passa com maestria as origens do rei gorila, sem perder a conexão com os anos 70. A qualidade dos efeitos de computação gráfica são grandiosas e no formato 3D fará uma excelente combinação. Ainda que em sua primeira aparição, Kong não assuste tanto, em sua segunda ele mostrará que não está para brincadeira. Não só ele como as demais criaturas farão desse local um verdadeiro inferno. Se existem planos para um crossover entre King Kong e Godzilla, esse foi o momento que deixou claro nossa felicidade, já que ambos os direitos pertencem à Warner Bros.

Com um elenco de fazer qualquer franquia se contorcer de inveja, damos destaque para a atriz vencedora do Oscar por “O Quarto de Jack”(2015) Brie Larson, que interpreta a fotógrafa Mason, que mesmo sendo cabeça dura, exalará simpatia em alguns momentos. Samuel L. Jackson fez um papel bem próximo de seus anteriores, então não houve diferencial. Tom Hiddleston de “Thor”se mostrou melhor no papel com o passar do filme.  Toby Kebbell de “Ben-Hur”(2016) e Tian Jing de “A Grande Muralha” (2016) deveriam ter mais espaço, situação que decepcionou. A tentativa de incluir romances nem foi o foco do filme, o que por um lado fez algo subentendido, mas o humor pelo menos foi mais presente e satisfatório.

A nova aventura é empolgante e intensa, só pecando por não aprofundar a relação entre os personagens e, com isso, não será significativa as perdas que ocorrem abruptamente. O diretor Jordan Vogt-Roberts é competente para continuar na direção dos próximos filmes que houverem, mas deve atentar aos personagens que são criados e desenvolvê-los melhor. Se uma coisa podemos ter certeza, é que vale visitar Kong nos cinemas.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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