Crítica – Invocação do Mal 2

João Fagundes
4 Min de Leitura

Há cerca de 3 anos conhecíamos Ed e Lorraine Warren… e isso mudaria nossas vidas. Não é exagero dizer que  “Invocação do Mal” (2013) se tornou uma referência de terror de qualidade, ainda mais na atual realidade em que o gênero se tornou banal e foi confundido por décadas. No meio de tantos erros, uma coisa é certa: nenhum “Baseado em fatos reais” pode ser tão real quanto este.

Os problemas que pareciam grandes na película anterior se tornaram maiores. Os Warren não terão de lidar apenas com seres não humanos, mas também com os céticos que estão na mídia e que perseguem o casal desde a publicidade dos seus atos. Os poderes de Lorraine (Vera Farmiga) agora são mais perceptíveis, o que deixa a atmosfera da trama mais pesada quando estamos no seu ponto de vista. A pedido da igreja eles terão de viajar para o norte de Londres e enfrentar um dos seus casos mais difíceis, o conhecido “Poltergeist de Enfield”. Ótimas bases para os espíritos que se manifestam a todo momento.

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A imersão do espectador é imediata, já que o filme apresenta tudo, desde a realidade social e política dos britânicos até o seu caso anterior em Amityville. Repleto de reviravoltas, é um espanto ver um terror inteligente como nunca mais se viu. Ter tudo interligado é a chave para o sucesso. Pra quem pensa que este só vive de sustos… o humor é breve e possui seu charme, assim como as cenas de romance. Os arranjos continuam sob as competentes mãos de Joseph Bishara. Elvis Presley é a referência musical mais enaltecida, com foco na música “Can’t Help Falling In Love”.

A busca pela humanização de todos os personagens foi um tanto desnecessária, mas possui ótimas atuações como a da atriz Frances O’Connor (“A.I.: Inteligência Artificial”) interpretando Peggy, mãe das 4 crianças que vivem na casa. Maria Doyle Kennedy (“Orphan Black”) é a vizinha que todos gostariam de ter. Simon McBurney interpreta Maurice Grosse, um investigador paranormal que estará presente no caso. O mais incrível é o fato das fotos originais terem sido recriadas e possuírem tanta autenticidade, mostrando uma dedicação admirável. Quem aguardar durante os créditos poderá ver as comparações.

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Destaca-se a atriz Franka Potente (“American Horror Story: Asylum”) no papel da parapsicóloga Anita Gregory. As crianças levaram a sério seus papéis e, por fim, Patrick Wilson (“Watchmen”) se mostra cada vez mais entrosado com o papel de Ed Warren e revela os talentos do personagem, enquanto Vera Farmiga (“Bates Motel”) está como sempre formidável, prova de que o contato que teve com a verdadeira Lorraine foi fundamental para esse papel. Neste filme poderemos entender algumas coisas deixadas em aberto no anterior.

A aguardada sequência é competente e consegue superar seu anterior, não precisando beber da água de “Annabelle” (2014). Temos o terror em sua supremacia, onde tudo favorece o pânico, até os efeitos medianos. James Wan merece cada vez mais reconhecimento por seu talento como diretor. Por sorte a obra está propensa a continuações, mas será um grande desafio se igualar a este. Só nos resta agradecer e esperar novas manifestações.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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