Alguns anos após o primeiro filme, o diretor Genndy Tartakovsky volta para animar o hotel mais movimentado da Transilvânia. Quem melhor para dar uma continuação de mesmo nível que seu antecessor? É muito mais simples quando se tem um universo repleto de monstros e divergências entre eles e até mesmo com humanos.
Em seu início será possível mergulhar pelo sombrio clima que o filme oferece, lembrando os simuladores de parques de diversão em que o 3D tem uma grande utilidade. Após a apresentação somos surpreendidos com uma celebração no Hotel; Mavis (Selena Gomez) está casando com seu abobalhado namorado mortal Jonathan (Andy Samberg). Rapidamente um ano se passa e chega a hora de apresentar um novo personagem.
Drácula (Adam Sandler) finalmente é avô, o pequeno Dennis puxou muito ao pai humano, tanto que deixa o Mestre dos vampiros preocupado… estaria ali perdendo toda uma linhagem perfeita? É nesse momento que surge espaço para o drama familiar a respeito do pequeno Dennis, que terá com o tempo que escolher qual é o melhor lugar para alguém como ele: Continuar no Hotel ou partir para a casa dos avós paternos, onde vivem uma vida verdadeiramente humana.
Todos os personagens que conhecemos estão de volta, e com destaques dignos de cada núcleo para quem quer ver mais do que vampiros e humanos, principalmente o agora bisavô Vlad (Mel Brooks) que é icônico. Outra coisa presente é o merchandising da Sony e seus aparelhos como smartphones e PC, mostrando a relação inusitada das criaturas com a tecnologia, nos aproximando mais ainda do filme.
A trilha sonora possui a faixa original “I’m in Love with a Monster” da girlband Fifth Harmony para os momentos mais tranquilos da trama, enquanto o instrumental continua sob as competentes mãos de Mark Mothersbaugh, responsável pelos arranjos do primeiro filme. O trabalho de computação gráfica da obra está belíssima, combinado com o 3D deixou a experiência muito mais interessante para investir nesse formato.
Embora detenha um humor leve e constante, nem sempre ele fará rir alguém que procura algo mais inteligente. Como se não bastasse ainda tem a previsibilidade que não incomoda as crianças, mas com seu meio cansativo ele segue para um fim óbvio e básico para filmes de animação. Um pouco de originalidade no desfecho faria desse um filme mais interessante para a família. Já fez sua reserva? O Hotel Transilvânia agora aceita hóspedes humanos! 😉