Critica – Homem-Formiga

João Fagundes
4 Min de Leitura

A Marvel já teve bons resultados ao apresentar heróis pouco conhecidos para quem não acompanha HQ’s. Embora seja um enorme desafio apresentar um personagem tão minúsculo, com bons roteiristas e a junção com os heróis que já são conhecidos pelos leigos em quadrinhos, “Homem-Formiga” não terá dificuldades para se tornar um sucesso.

Scott Lang (Paul Rudd) é um habilidoso ladrão que busca se ressocializar para poder ficar mais próximo da filha Cassandra “Cassie” (Abby Ryder Fortson), e mesmo sendo um engenheiro eletrônico não consegue um bom emprego tendo em vista seus antecedentes. Por obra do destino, Lang é escolhido pelo Dr. Hank Pym (Michael Douglas) para usar o traje do Homem-Formiga, o qual lhe dará habilidades como diminuir em escala e aumentar sua força. Mas o preço dessa oportunidade será voltar para sua vida de ilicitudes.

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O primeiro ato não é muito emocionante, pois é como toda introdução de um herói humano em sua vida comum e cheia de problemas. Em compensação o humor está presente em todos os momentos, o que sem dúvida faz a trama ser única. Após a parte introdutória e com a utilização do traje, o filme começa a ganhar força e uma nova perspectiva.

É interessante a relação desse filme com os demais filmes da Marvel; é sútil, mas bastante gratificante para quem conhece o sobrenome Stark e o peso que ele tem durante décadas. Outro ponto positivo são as referências não só do mundo Marvel, mas do mundo Disney (com a música “It’s a Small World”). Já a participação de Stan Lee é sempre um motivo de satisfação (e nem sempre de surpresa).
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Por se tratar de uma obra de ação, ele não decepciona em suas sequências de luta, tendo adrenalina na medida certa. Outro ponto positivo é a fundamentação do vilão Darren Cross, que não deixa de ser apresentada no longa, mas a atuação de Corey Stoll não foi tão longe. A personagem Hope (Evangeline Lilly) foi bem interpretada, a ponto de ser carismática com sua personalidade dúbia. O trio de amigos de Scott são responsáveis pelo teor cômico, mas Michael Peña é o destaque do grupo interpretando Luis, enquanto Dave (interpretado pelo rapper T.I.) e Kurt (David Dastmalchian) ficam em segundo plano.

O diretor Peyton Reed tem destaque por filmes de comédia. Embora seu último filme tenha sido de 2008 (Sim Senhor), ele se apresenta de forma grandiosa num filme de ação, sem perder a piada. Já os arranjos ficaram com Steven Price, responsável pela trilha sonora dos recentes “Gravidade” e “Corações de Ferro”. Um destaque da trilha sonora do filme é a banda The Cure com a faixa “Desintegration”.
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A tecnologia 3D não é tão relevante nesse longa, tendo destaques pontuais, mas em compensação a história é boa o suficiente. Aguardem para as cenas pós-créditos e ficarão por dentro do mundo Marvel e seus crossovers, mas não se enganem… terão que esperar até o último instante para ver o que o futuro aguarda.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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