Crítica – Heróis da Galáxia: Ratchet e Clank

João Fagundes
3 Min de Leitura

Desde 2013 se falou sobre a adaptação cinematográfica que apresentaria Ratchet, o mecânico alienígena da raça Lombax ao pequeno Clank, um robô “defeituoso” e metódico. A união canado-estaduniense trouxe a história original escrita por T.J. Fixman, dirigida pelos canadenses Kevin Muroe e Jericca Cleland.

A animação baseada nos jogos exclusivos para os consoles Playstation tem dois protagonistas carismáticos e cheios de vida. “Ratchet & Clank” foram extraidos da franquia iniciada em 2002, entretanto os demais personagens são bem descartáveis. Uma homenagem para os jogadores do memorável PSone foi feita, por isso fique atento.

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O início bem prático mostra o vilão e seu plano, entregando de bandeja os recursos que ele poderá dispor se houver um embate. Apresentam os protagonistas posteriormente e aos poucos soltam mais informações sobre os demais, que não atraem, muito pelo contrário. E como se não bastasse, eles ainda têm a pretensão de uma sequência ao colocar cenas que forçam esse entendimento.

A película foca no sonho de Ratchet em ser um herói da galáxia, algo distante de sua realidade. Ao salvar Clank, que por algum erro foi fabricado sem nenhuma semelhança com seus irmãos robôs, os dois percebem que precisam estar juntos para impedir os planos dos vilões Chairman Drek e o Dr. Nefararious. O interessante é que aqui os vilões planejam mais do que destruir planetas, mas não são o ponto alto.

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Outro personagem que precisa ser mencionado é o Capitão Qwark, o egocêntrico  líder dos heróis da galáxia que não é mais que uma versão genérica do Buzz Lightyear com o temperamento do Woody (“Toy Story”). Além disso, o público feminino não se sentirá bem representado com as personagens da trama, já que haverão duas jovens de personalidade limitada em breves momentos.

A história por si só não tem nenhuma graça, focando na importância da amizade e da lealdade, temas recorrentes em filmes pro público infantil. Ter efeitos medianos  não melhora a situação do filme que com certeza foi feito para a tecnologia 3D, onde cenas forçam o uso do formato. Por conclusão vemos o quanto um jogo pode ser um filme melhor e mais interativo do que um longa que não provoca nenhuma reação além da voz interior que te diz que tem outro filme de animação em cartaz, e que ele com certeza é melhor.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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