Filmes de super heróis estão sendo cada vez mais difíceis de escrever criticas, e não digo por causa das produções, mas sim dos fãs que não sabem lidar com o negativo de suas adaptações. Se você escrever bem sobre a Marvel, é xingado pelos fãs da DC e vice-versa!
Bom, tomem como ponto que assim como todo cada um tem sua opinião sobre tal coisa, a opinião do crítico é só mais uma. Todos queremos ir ao cinema assistir e gostar da produção, mas nem sempre isso é possível. Não gostar também é uma opinião! Bom, essa introdução foi só pra ver a margem que está acontecendo com o atual filme da DC Comics: Esquadrão Suicida.
A produção prometia ser o filme baseado em quadrinhos mais divertido já feito, com humor negro e violência na medida certa, mas não é a subversiva como prometia. O longa tem bons momentos e personagens bem interessantes, porém, não inova e sua trama previsível impede a produção de satisfazer as expectativas.
O filme começa do ponto em que “Batman Vs Superman – A Origem da Justiça“ termina. Temendo novas ameaças da força do Superman ou do Apocalypse, o governo americano decide colocar em prática um ambicioso plano de Amanda Waller (Viola Davis). Ela selecionou uma série de temidos criminosos e está convencida de que pode formar um time para combater forças sobre-humanas. Os escolhidos são: Pistoleiro (Will Smith), Arlequina (Margot Robbie), Bumerangue (Jai Courtney), Diablo (Jay Hernandez), Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje) e Magia (Cara Delevingne), que se juntam a duas peças das forças do governo, Rick Flag (Joel Kinnaman) e Katana (Karen Fukuhara).
O começo um pouco truncado devido à edição (falarei dela depois) se mostra até positivo, inclusive na forma com a qual ele apresenta os personagens, na pegada cartunesca das fichas aparecendo em tela seguido de informações e uma trilha que mantém a vibe do filme.
O filme funciona e se mantém claro pela força do elenco. A dinâmica do grupo tem senso energético, e os atritos entre alguns membros da equipe mostra como eles são desajustados ao ponto de tornar isso no mínimo interessante.
Sobre o tom do filme, devido às críticas negativas a Batman Vs Superman, o mesmo passou por uma remodelagem para agradar diversos públicos, o que o deu um clima bastante exagerado na maior parte, bem distante do tom sério dos filmes feitos por Synder.
Se o primeiro ato é bom, o filme começa a perder força na metade do segundo, quando seu roteiro já está uma bagunça e desce ladeira abaixo em clichês para um terceiro ato que prefiro nem comentar de tão tosco que é! Quase lembra o ultimo ato do novo Quarteto Fantástico.
A direção e o roteiro de David Ayer pouco ajudam. Ele parece decidido em fazer um longa sobre um time, mas foca toda sua atenção em apenas dois personagens, dando mais importância e tempo em cena a Will Smith e Margot Robbie. Isso é algo óbvio, afinal são os mais conhecidos e talentosos do time, mas falta um melhor equilíbrio que nos faz pensar no recente Caça-Fantasmas. Todo mundo só conhecia Melissa McCarthy e Kristen Wiig, mas ganhou a oportunidade de se apaixonar por Kate McKinnon e Leslie Jones. Outra coisa é que ele não estabelece bem a premissa que sua sinopse informa. Se eles são os piores dos piores, no fundo eles podem ter algo de mocinho neles, é isso? O grupo treta durante metade da produção, cada um com seu motivo individual, e de uma hora para outra resolvem ser um time para lutar e chamam uns aos outros de amigos! Francamente, só não é pior que uma certa Martha!
E tem mais problemas: Como já citei, a truncada edição de John Gilroy (O Abutre, Circulo de Fogo e O Legado Bourne) é uma bagunça total, tendo erros de continuidade, lacunas, piadas e certas cenas que foram inseridas de ultima hora pra tentar abocanhar o outro publico.
As cenas de ação que são boas tem vários picotes, mas ok! A trilha sonora está incrível sendo ela que mantém (ou tenta manter) você no filme do meio pra frente.
Nas atuações o Pistoleiro de Will Smith tem o maior tempo de tela e o ator está bem, dando a ele uma coerência interessante ao papel. Joel Kinnaman só tem essa cara para personagens e está ok como Rick Flag. Margot Robbie está excelente como a Arlequina: Linda, divertida, traumatizada, fatal e perturbada, a personagem é complexa e dá a possibilidade da atriz roubar a cena sempre que aparece. Neste caso específico, cabe destacar que o roteiro não foge de deixar claro que Arlequina é vítima de um relacionamento abusivo. Ela não namora o Coringa: Ela foi transformada e violentada por ele. A Amanda Waller de Viola Davis também está extremamente incrível! Ela é cruel, e não mede esforces para conseguir seus objetivos.
Jay Hernandez como El Diablo tem um arco interessante, mas com seu pouco tempo de tela ele não é devidamente explorado. Fiquei esperando mais do personagem! Já o Bumerangue de Jai Courtney não traduz sua chatice da HQ, tendo algumas piadas legais e só! Crocodilo só solta frases de efeitos o tempo todo, e Katana e Amarra estão lá só para ser a cota, o que é um enorme desperdício com Katana! A Magia da Cara Delevingne começa interessante e cai igualmente com filme, em uma atuação carregada e extremamente caricata.
E chegamos a ele… O Coringa de Jared Leto tenta, mas não encontra o tom do personagem e sua loucura parece forçada. Sua interpretação de gângster de rua não tem o mesmo impacto do mafioso megalomaníaco de Jack Nicholson ou psicopata de Ledger. Algumas das falas de Leto, e até mesmo a risada, soam forçadas. Pode ser consequência de seu pequeno espaço na tela e subtrama dispensável. Embora ele não seja o vilão da vez, a produção se beneficiaria se ele fosse, já que o vilão é algo ridículo!
Esquadrão Suicida é um filme extremamente problemático. Sua tentativa de ser descolado não dá tão certo como acontece com outros filmes do gênero (vide Deadpool e Guardiões da Galaxia), e muitas vezes soa genérico, principalmente o plano dos vilões, e um terceiro ato dispensável. O típico filme que você assiste e a vida segue. Agora, é bola para Mulher Maravilha!
Realmente a Alerquina está maravilhoso,o pistoleiro também! Confesso que gostei do Jared como coringa, ele foi aceitável mais o Heath ainda fez melhor. Viola rainha, diva, maravilhosa não tem mais o que dizer. A participação do Batman e o do Flash também foram bem legais, minha expectativa está bem alta para Mulher Maravilha, vamos ver!