Crítica – Divertida Mente

Danilo de Oliveira
4 Min de Leitura

Depois de uma fase sem grandes criatividades eis que os estúdios Pixar volta com força total e em sua melhor forma com Divertida Mente. O  filme é mais um a usar um roteiro altamente pensado e produzido pelo estúdio. Divertida Mente é algo feito para o publico infantil,mas que vai acertar em cheio o publico adulto pois seus argumentos e fatos são totalmente satisfatório e com completo nexos de noção, alem de um jeito emocionante que só a Pixar sabe fazer.

Na trama conhecemos Riley é uma garota divertida de 11 anos de idade, que deve enfrentar mudanças importantes em sua vida quando seus pais decidem deixar a sua cidade natal, no estado de Minnesota, para viver em San Francisco. Dentro do cérebro de Riley, convivem cinco emoções diferentes, a Alegria, o Medo, a Raiva, o Nojinho e a Tristeza. A líder deles é Alegria, que se esforça bastante para fazer com que a vida de Riley seja sempre feliz. Entretanto, uma confusão na sala de controle faz com que ela e Tristeza sejam expelidas para fora do local. Agora, elas precisam percorrer as várias ilhas existentes nos pensamentos de Riley para que possam retornar à sala de controle – e, enquanto isto não acontece, a vida da garota muda radicalmente.

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O aspecto mais interessante do roteiro de Divertida Mente é a sua excentricidade para contar uma história que trata de um tema tão complexo. A maneira que os roteiristas Pete Docter, Meg LeFauve e Josh Cooley encontraram para explicar como cada uma das emoções participam da construção da personalidade de uma pessoa, é o charme do filme. Eles foram capazes de representar, de uma maneira lúdica, o papel das experiências e das memórias no processo de amadurecimento físico e emocional de um indivíduo. Essa delicadeza para tratar um tema tão sensível para adultos, e tão complexo para crianças, é a principal característica da nova animação da Disney.

Ao explorar o antagonismo e harmonia das duas emoções a Alegria e a Tristeza em sua jornada de volta a sala de controle o filme garante uma surpreendente experiência para que o telespectador perceba como funciona toda a estrutura industrial que existe dentro do cérebro de Riley, em uma analogia sensacional com o funcionamento real dessa estrutura. O mais apaixonante aqui não é só a oportunidade de visualizar como seria o funcionamento psicológico da mente humana, e sim o impacto que dois sentimentos podem causar em alguém quando estes somem. Além disso, Divertida Mente te proporciona um novo pensamento sobre o verdadeiro significado de estar feliz ou triste, e comprova que a felicidade pode vir de suas mais intensas tristezas.

Extremamente ousado, Divertida Mente é daqueles filmes que prazerosamente se assiste. Uma viagem pela mente humana para lá de irreverente, criativa e emocionante que oferece uma reflexão sobre a vida e suas emoções. Um dos melhores filmes já feitos pela Pixar, sem sombra de dúvidas.

Não podíamos terminar essa crítica sem falar também do curta da Pixar que é apresentado logo antes do início de Divertida Mente – o surpreendente Lava.

O conto de amor entre dois vulcões havaianos é tão apaixonante que é capaz de arrancar algumas discretas lágrimas dos olhos de qualquer um que entende a mensagem da música tema do curta (a canção ” I Lava You“).Vale a pena chegar cedo para ver mais um belíssimo curta do estúdio.

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