Crítica – As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras

Emile Campos
4 Min de Leitura

Se você pegou a vibe das animações dos anos 80 e 90, com certeza você não só viveu umas das melhores épocas como conhece As Tartarugas Ninjas.

Os quelônios mutantes que lutam artes marciais e adoram pizza, além de terem seus nomes baseados em pintores da renascença, tornaram-se figuras carimbadas na cultura pop com varias adaptações para TV, cinemas entre outros nos últimos anos. O filme de 2014 causou certa estranheza nos fãs pelo visual parrudo(cheio de whey!) das tartarugas e algumas inserções fora das suas origens, mas fez sucesso, ainda que pareça mais um filme de seu produtor, o explosivo e famigerado Michael Bay, que dos próprios quelônios.

A continuação se sai melhor em reunir mais do material original dos personagens, mais isso não significa que é um filme realmente bom!

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A trama como o anterior é novamente simples. Destruidor foge da cadeia e é recrutado pelo alienígena Krang (quem assistiu aos desenhos vai lembrar bem dele) para dominar o mundo. Para isso, o vilão humano precisa de artefatos de outro planeta que podem abrir um portal para a Terra. Para ajudá-lo, ele cria dois monstros mutantes: Bebop (Javali) e Rocksteady (Rinoceronte) para agirem como seus capangas e recuperarem os itens.

O roteiro embora cheio de furos é muito melhor até por ser mais fiel a sua fonte, ficando até infantil por assim dizer, mas o filme é lúdico em mostrar que não se leva a serio. Alias, ideia bem proposta para esse tipo de longa.

Além disso, as seqüências de ação estão melhores, principalmente as lutas. Faltaram mais cenas de Bebop e Rocksteady contra as Tartarugas, também seria ótimo ver o vilão Destruidor tentar sua vingança contra os mutantes, mas as boas seqüências de combate e as incríveis cenas aéreas – com pulos entre aviões – ou na água, filmadas nas Cataratas do Iguaçu, são realmente interessantes.

Casey Jones, interpretado por Stephen Amell da série Arrow, é uma adição no mínimo curiosa já que ele tem carisma, mas lhe falta à aura do Casey Jones das animações. No mais, acabou nem fedendo nem cheirando no ditado popular, já os malucos Bebop (Gary Anthony Williams) e Rocksteady (Stephen “Sheamus” Farrelly) parecem ter saído diretamente dos desenhos dos anos 90. Em compensação, Megan Fox continua com a profundidade emocional de uma porta no papel de April O’Neil e Will Arnett está ainda mais chato como Vern Fenwick. O lado bom é que esses dois últimos personagens perdem muito espaço na trama, então também incomodam menos.

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Quanto às Tartarugas, Leonardo (Pete Ploszek) está tendo problemas para manter o grupo junto. Ele, Raphael (Alan Ritchson), Michelangelo (Noel Fisher) e Donatello (Jeremy Howard) passam pelas típicas ansiedades da adolescência e os quatro nem sempre se entendem, em uma subtrama desnecessária, mal construída e mal concluída.

As Tartarugas Ninja – Fora Das Sombras é melhor do que o primeiro em diversos aspectos, o que é um bom sinal de evolução. Algumas cenas de ação e comédia são realmente divertidas, mas esse ainda assim o filme tem chance de só agraciar seus fãs e pessoas que esperam por mais uma sessão da tarde. Mais provável é que ele tenha mais chance de conquistar as crianças e angariar fãs entre os pequenos do que o primeiro. Vamos ver como será o futuro da franquia.

E Michael Bay, coloque sua cartilha em Transformers e não aqui por favor!

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