Crítica – Animais Fantásticos e Onde Habitam

João Fagundes
4 Min de Leitura

Quem diria que voltaríamos para os cinemas para ver uma expansão do mundo mágico de J. K. Rowling? Autora que aqui estréia como roteirista, e junto com o seu amigo e produtor David Heyman conseguiu contretizar a ideia de dar vida ao Magizoologista Newt Scamander. Para completar a equipe temos David Yates, diretor dos 4 últimos filmes da franquia “Harry Potter”. Após 5 anos da conclusão cinematográfica, finalmente podemos dizer: a magia está de volta, e em boas mãos!

Newton Scamander (Eddie Redmayne) carrega em sua maleta uma imensa fauna mágica, a qual contém criaturas raras que foram coletadas em suas viagens. Ao chegar em Nova Iorque, o retraído jovem deixa escapar algumas, o que ameaça expor a comunidade bruxa norte-americana aos trouxas. Em meio a essa situação, Newt contará com a ajuda do desajeitado trouxa Jacob (Dan Fogler), da ex-Auror Porpentina Goldstein (Katherine Waterston)e sua irmã mais nova Queenie (Alison Sudol), uma expert na arte da Legilimência.

 

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O filme nos dá a breve impressão de que voltamos no tempo, e que iremos ver “o menino que sobreviveu”. A trilha sonora característica começa com os arranjos de “Hedwig’s Theme” e logo dará abertura pra o ano de 1926, onde a produção foi geniosa por recriar cada canto conhecido da cidade, seja o metrô, as lojas ou os clubes com música ao vivo. O que não poderia faltar em um filme de época? O Preconceito. Ser um bruxo é ser alvo de todo tipo de repúdio, e existe de fato uma caça às bruxas, situação que podemos associar aos dias atuais com as perseguições religiosas.

Os efeitos especiais são caprichados, e se mostram bem com a qualidade 3D, onde até as criaturas parecem reais. Muitas são obra do livro “Animais Fantásticos e Onde Habitam” e outras foram criadas para essa série de filmes, o que deu muita liberdade ao explicar a origem e as particularidades de cada criatura. Na America, os Trouxas são chamados de “No-majs” (Não-mágicos). Em meio a tantas novidades, os feitiços nos trarão lembranças dos anos em Hogwarts.

As atuações são calorosas e mostram que esse filme é uma obra digna dos fãs do gênero fantasia, principalmente os que não deram uma chance ao Harry. O que diferencia é a maturidade desse, ainda que não seja tão sombrio, terá chances de ser no futuro. O humor é bastante recorrente e será bem vindo, assim como o romance, que não precisará de uma “poção do amor” para fluir naturalmente.

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Destaque para Eddie, mostrando mais de seu talento desde “A Garota Dinamarquesa”. Também se destaca a atriz Carmen Ejogo na pele da ministra da MACUSA (Congresso Mágico dos Estados Unidos da America) Serafina Picquery. Já Ezra Miller se esforçou, mas foi um dos personagens mais incômodos, assim como Johnny Depp em sua breve aparição. Em alguns momentos é possível ver o quanto essa película se parece com algum filme da série “Jurassic Park”, no momento em que liberta nosso imaginário sobre criaturas que jamais vimos.

A nova franquia deverá ter seus próximos passos cuidadosamente pensados, pois terá aproximações com acontecimentos mencionados na saga de Potter. Por fim, será uma grande surpresa para os fãs que sonham em viver num mundo com magia. Só não esperem por cena pós-crédito. Isso não existe mesmo! 😉

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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