A Warner Bros. Sempre soube promover seus filmes, e não fez diferente com seus filmes de terror. Lembram da polêmica brincadeira “Charlie, Charlie”? Tudo não passava de uma estratégia de promover o filme “A Forca” de uma forma sutil, mas inteligente.
Em seu primeiro ato o filme mostra o acidente trágico ocorrido em Outubro de 1993, poucos dias antes do Halloween na peça “The Gallows”, feita por alunos de um colégio público. 20 anos após o ocorrido vemos o filme como uma espécie de documentário onde Ryan Shoos, um típico adolescente que perturba todos em sua volta, faz dos bastidores da peça “The Gallows” que será novamente realizada e com grande entusiasmo por uns e com temor por outros.
Os personagens da trama são interpretados por atores que não são conhecidos, o que é bom para um filme de terror, mas péssimo quando não são tão carismáticos, e ainda por cima são irritantes. Não é possível saber se são os personagens que exigem isso, já que eles não possuem um grande currículo cinematográfico. Outra prova de que os diretores Travis Cluff e Chris Lofing não trabalharam bem na criação dos personagens é o fato deles usarem os mesmos nomes dos atores nos personagens, só alterando o sobrenome, mostrando total descaso e falta de criatividade. Até mesmo o casal Reese e Pfeifer interpreta sem ânimo, ao que parece uma atuação de peça do ensino fundamental. O que é irônico, já que muitos personagens deixam claro estar atuando na peça por serem obrigados pelos professores.
O local em que se passa o filme é assustador o bastante, provando que uma escola pode ser ainda pior à noite. Os acontecimentos são imprevisíveis, mas não são originais e diferenciados. Não há um objetivo, uma meta a ser batida (como “Jogos Mortais”). A maior parte da obra se assemelha aos filmes da franquia “Atividade Paranormal” quando se trata do terror psicológico, com exceção do seu ato final que se torna um pouco mais criativo, e ainda mais denso.
Embora tenha uma grande expectativa sobre ele, o filme decepciona, mas causa alguns sustos que já são esperados pelo expectador que já conhece filmes como “A Bruxa de Blair” e os recentes “Invocação do Mal” e “Annabelle”.