A segunda edição da Comic Con Experience, que ocorreu nos dias 3 a 6 de Dezembro na São Paulo Expo, na capital paulista, conquistou de vez um posto cativo no calendário dos geeks, nerds e fãs da cultura pop.A convenção, que cresceu de tamanho do ano passado para cá, reuniu cerca de 122 mil pessoas nos quatro dias em um espaço de 55 mil metros quadrados.
Se no ano passado, muita gente criticou a falta de convidados de peso ou painéis relevantes, neste ano os fãs não tiveram do que reclamar.”Star Wars”, “Batman vs. Superman” e “Capitão América: Guerra Civil”. E claro, convidados de peso, como Frank Miller, Adam Sandler, Misha Collins, Taylor Lautner, Evangeline Lilly e David Tennant entre outros.
Nos três dias que estivemos ,os fãs(e nos é claro!) demonstraram uma determinação incrivel para assistir aos painéis mais concorridos. Alguns chegaram às 22h do dia anterior, 12 horas antes da abertura dos portões, e ainda tinham que encarar outra extensa fila para conseguir entrar no auditório principal. Nos painéis super concorridos, como os de “Capitão América: Guerra Civil” e “Star Wars: O Despertar da Força”, trouxeram novidades exclusivas para o publico por partes dos estúdios, e levou a galera a loucura, urrando na aparição de cada cena empolgante que surgia em cena.
Sem sombra de dúvidas, a instalação da Netflix foi um dos locais mais disputados e movimentados nos dias em que estivemos na CCXP. Durante o dia, a produção do site de streaming proporcionou um gigante karaokê com músicas conhecidas de suas séries originais. À noite, os participantes enfrentavam a máquina da verdade afirmando conhecer detalhes sobre os personagens das mesmas séries.
Para os amantes do esporte, opções não faltavam: escalar uma parede no estande de Uncharted 4 – A Thief’s End, nadar em uma piscina de bolinhas brancas e azuis montada pela Disney/Pixar para divulgar Procurando Dory, jogar Magic até não querer mais e dançar as músicas de Just Dance 2016 até cansar.
Sem atrações divertidas, os estandes da Panini, Comix Book Shop, Maurício de Sousa, JB e as lojas de itens colecionáveis com preços astronômicos disputavam a atenção do público. O artist Gallery com dezenas de artistas independentes também contaram com um enorme público . Como é tradição, essa é a parte mais pura e mágica de toda Comic Com.
Quanto à infra-estrutura, a entrada dos fãs pelas catracas estava organizada, com espaço para a formação de filas coberto e longe do sol e sem correria. Dentro do evento, uma ampla praça de alimentação deu conta do recado sem a formação de grandes filas. Era possível também facilmente encontrar mesas para sentar. Os banheiros também aguentaram o tranco, mas algumas filas se formaram.
Praticamente, tudo foi assunto na CCXP: filmes nacionais e internacionais que prometem serem aplaudidos de pé em 2016, as séries originais do Netflix mais assistidas e amadas de 2015, HQs de todos os tempos, desenhos animados que já se tornaram ícones da cultura mundial, jogos de videogame que foram praticamente lançados agora ou que sairão no ano que vem… até mesmo a trajetória dos jogos de tabuleiro no Brasil e no mundo lotou o Auditório Ultra na sexta-feira.
Outros probleminhas fugiam do controle da equipe do evento, como o infeliz episódio com o pessoal do Pânico na Band com cosplayers (que resultou, inclusive, em uma carta de repúdio por parte dos organizadores e no banimento do programa de TV das próximas edições da CCXP) e no término repentino do aguardado painel de Jessica Jones, com Krysten Ritter e David Tennant, aparentemente a mando da equipe da Netflix. A cara de constrangimento do ator deixou claro que o que estava acontecendo não era normal e muito menos esperado, pelo menos não por parte dos atores,mas que deva refletir para nos publico que queremos que atrações desse porte continuem a crescer.
Outro probleminha foi o acesso ao São Paulo Expo, que fica na saída de São Paulo para a rodovia dos Imigrantes, é complicado, pois só existe uma entrada para o evento, causando engarrafamento de quase uma hora todos os dias. Na saída, imensas filas se formavam para aguardar o ônibus que fazia o traslado para a estação Jabaquara do Metrô, ou os táxis.
Independente dos problemas que rolaram nessa edição da feira, a equipe da CCXP mostrou mais uma vez que é possível sim ter um evento desse porte no Brasil, que nosso país tem público pra isso e que foi-se o tempo em que ser chamado de nerd era uma coisa ruim. E se esse rótulo ainda tiver quaisquer conotações pejorativas, azar o de quem ainda tiver preconceito. Porque, sejamos sinceros, basta dar uma olhada nas fotos dessa postagem para ver que nós, nerds, saímos ganhando.
E que venha a CCXP 2016!
Não deixe de ver nosso video do vimos na CCXP 2015 abaixo: