Chamas da Vingança | Remake da obra de Stephen King é morna em demasia

Danilo de Oliveira
4 Min de Leitura
Universal Pictures/Reprodução

Stephen King e adaptações de suas obras para o cinema é ao algo mais que normal! O autor já teve obras incríveis e outras bem meh e horrorosas. O livro A Incendiária ganhou uma primeira adaptação em 1984, inicialmente dirigida por John Carpenter, que acabou sendo demitido posteriormente, o que culminou em um filme problemático e de muita pouca lembrança do publico, sendo até considerada pelo próprio autor da obra uma das piores adaptações do seu trabalho.

Em 2022, a Blumhouse, conhecida por bons projetos de terror com baixo investimento lança uma nova versão da obra com esse Chamas da Vingança, mas será que era necessário? Parece que não!

A trama nos apresenta à jovem Charlie McGee (Ryan Kiera Armstrong), filha de dois pais fugitivos (Zac Efron e Sydney Lemmon) de um experimento soturno do governo na década de 90. Assim como seus pais, ela possui poderes paranormais, em seu caso, a habilidade incontrolável de produzir e lançar chamas incendiárias com sua mente. Quando seus poderes são liberados acidentalmente na escola, Charlie fica na mira de uma agência misteriosa do governo, forçando-a a fugir pela estrada com sua família enquanto é perseguida por um feroz caçador de recompensas (Michael Greyeyes).

Universal pictures/Reprodução

O roteiro de Michael Teems nos apresenta uma história de mistério que não tem mistérios, tudo é conduzido de forma jogada e o ritmo não ajuda. Não existe nenhum vinculo familiar na trama, os personagens tomam ações mais nada a ver, sendo tudo corrido até em seu clímax final que ao menos entretém pela Charlie passando fogo na geral! Mas falando sério? É desastroso como uma ideia interessante é muito mal explorada.

Zac Efron tem a ingrata missão de conduzir a trama, mas até isso é falho visto que seus conselhos e atuação paterna são péssimos e em nenhum momento compramos que o ator é uma figura paterna, talvez um irmão mais velho e ok. A atriz Ryan Kiera Armstrong é a única que ao menos tenta fazer algo interessante com o que tem, visto o carisma da atriz mirim.

Universal Pictures/Reprodução

Outro ponto negativo, é o uso do CGi, que em muitos momentos é coisa de produção B de tão tosca que é! Pra dizer que tudo é ruim, a fotografia consegue fazer aproveitar o contraste belíssimo das chamas amarelas de Charlie com a paleta predominantemente azulada do laboratório do governo no ultimo ato. Além disso, a trilha sonora assinada pelo gigante John Carpenter, que mantém a parceria com seu filho Cody e Daniel Davies, que ajudou a revitalizar a franquia Halloween é muito boa e característica do estilo do diretor com sintetizadores e pianos eletrônicos, ao menos tentam dar um ritmo ao filme.

Chamas da Vingança apesar de adaptar A Incendiaria é um longa morno e bastante falho, que lembra bastante aqueles filmes de catalogo para streaming (principalmente na Netflix): Qualquer coisa pra se lançar e seja o que Deus quiser! Melhor deixar esse livro de King quieto!

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