Busou Shoujo Machiavellianism cria ditadura feminista em ambiente escolar

João Fagundes
5 Min de Leitura

O anime “Busou Shoujo Machiavelliasnism”, o também chamado de “Armed Girl’s Machiavellianism” é adaptado de um mangá de 2014, dos mangakás Karuna Kanzaki e Yuuya Kurokami, ainda em publicação no Japão (sem previsão no Brasil) na revista Monthly Shounen Ace, a mesma que publicou os mangás “Tokyo ESP” (2010) e “Deadman Wonderland” (2007) e que futuramente também foram adaptados para seus animes. Como o nome indica, não se trata de um anime convencional, até porque o público oriental adora novidades e os estúdios se empenham para ter material a cada semestre, já que o público valoriza o trabalho investido na criação seja do mangá ou anime. Sem mais delongas, vamos entender mais desse anime shounen (público masculino) de comédia e ação.

A The Private Aichi Symbiosis Academy era originalmente uma escola secundária (ensino médio) para meninas de classe alta. Quando se tornou uma escola mista, ou seja, que aceita rapazes e garotas, sendo que essas alunas estavam com receio de se tornar um ambiente hostil para todas e pediram para andar com armas brancas como meio de proteção, mas juntamente com essa ideia foi formado um grupo de cinco garotas que ficaram responsáveis por zelar pela integridade de todas. Esse grupo, chamado de “Supreme Five Swords” (“Cinco Espadas Supremas” traduzido) foi formado para proteger, mas com o passar do tempo se tornou um grupo de correção de estudantes problemáticos, o que se tornou mais frequente nessa instituição, que os aceita proativamente.

A confiança que a escola deposita nesse grupo chega a ser testada quando Nomura Fudou, um jovem bastante sossegado e rebelde fora enviado pra essa instituição. Os boatos dizem que ele é encrenca e se envolveu numa grande briga em sua escola anterior para ter sido encaminhado pra Aichi Symbiosis Academy, local onde ele já recebe um ultimato: ou ele deixa essa escola ou fica, sendo que terá de ser repreendido como todos os demais rapazes estão sendo… tendo que obrigatoriamente se vestir, se maquiar e enfim agir como garotas. Claro que nosso antagonista fará a escolha mais absurda possível, já que o bad boy não é um garoto qualquer. É importante lembrar que esse anime aposta na sexualização das suas personagens, atitude essa que satura mais do que agrada.

A animação é de qualidade e quem chega sem saber do que se trata tomará um grande susto, pois mesmo quando já vimos animes que criam personagens femininas cheias de atitude e em contrapartida personagens masculinos sem nenhuma dignidade, esse mostra que o que é pior pode piorar ainda mais. Por sorte o protagonista Nomura não é como os outros homens dessa animação, merecendo destaque por desafiar a ditadura das “Cinco Espadas Supremas”. O mesmo destaque se deve a elas, já que procuram sempre uma forma de desafiar seus adversários com suas habilidades de luta e persuasão. Rin talvez seja a garota do grupo que mais se tenha explorado, já que sua timidez lhe faz usar uma máscara e com a chegada do rapaz ficou extremamente revoltada. Kyo-bo é o urso representando a “cota animais” que os animes usam para cativar os fãs dos bichinhos, mas até ele é um furioso lutador de sumô.

Como o anime ainda está em lançamento, assim como seu mangá, devemos aguardar mais dessa série de confusões que nos farão rir de tão absurdas e estranhas. Recentemente foi confirmado pelo próprio ilustrador, Karuna Kanzai que o anime ganhará um OVA a ser lançado junto com o volume 7 do mangá (atualmente conta apenas com 6 edições) no Japão. Outra curiosidade é que os primeiros três capítulos do mangá poderá ser lido gratuitamente (em japonês) na ComicWalker website. Atualmente é lançado um episódio por semana e com certeza valerá a pena conferir.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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