Se procurar por “filme que a filha desapareceu” no Google você vai encontrar no mínimo 5 filmes com essa mesma premissa, muito provavelmente envolvendo explosões, a máfia e um pai com habilidades de tiro, por que deveria assistir “Buscando…”? Bom, o longa dirigido por Aneesh Chaganty chama a atenção não só pelo bom roteiro e boas atuações, mas pela boa utilização de técnicas ainda não tão comuns e pela escolha do elenco.
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Na narrativa, o ponto de vista do espectador é o das telas e dos rastros online que todos os envolvidos no caso do desaparecimento de Margot Kim (Michelle La) deixam. David (John Cho) é um pai normal, com um emprego seguro e o “super-poder” que o fez descobrir que sua filha estava desaparecida e guiou suas buscas foi a análise do comportamento da garota de 15 anos nas suas mídias sociais.
Alguns outros filmes e séries já usaram a perspectiva da tela como recurso em seus filmes, mas acho que nenhum se jogou tanto de cabeça, utilizando de forma completa e inteligente, creio que em parte isso se deva à experiência técnica e abertura do diretor e do produtor Adam Sidman às novas tecnologias. Um dos trabalhos mais comentados de Chaganty é o curta “Seeds” filmado inteiramente com o Google Glass para um trabalho da universidade enquanto Adam Sidman também atuou como produtor de “Amizade Desfeita”.
Por mais que se espere um clichê do gênero, o trabalho de Chaganty e Sev Ohani foge de um roteiro preguiçoso e funcionária mesmo que a estética de mídias sociais não fosse escolhida. Além disso, “Buscando…” é o primeiro filme mainstream do gênero a ter um protagonista asiático, sendo o próprio diretor indiano.
Agora você tem três bons motivos para assistir, caso tenha se interessado, a estréia está prevista para 20 de setembro com classificação indicativa para 14 anos.