Bridget Jones: Louca Pelo Garoto | Renée Zellweger revisita a franquia com amadurecimento, mas sem perder sua essência

Danilo de Oliveira
4 Min de Leitura
3.5 Muito Bom
Critica - Bridget Jones: Louca Pelo Garoto

Lançado há quase 25 anos, Bridget Jones chegou aos cinemas e junto com Renée Zellweger entregava uma das mais divertidas comédias romântica dos últimos anos, que adaptam a popular série de livros de mesmo nome.

O longa foi um sucesso, acabou gerando mais duas sequencias que adaptam os livros subsequentes, Bridget Jones: No Limite da Razão e O Bebê de Bridget Jones. Quase 10 anos após o ultimo filme, Bridget Jones: Louca Pelo o Garoto, retorna a protagonista para nos entreter novamente com seu jeito atrapalhado de sempre, mas também fazer boas reflexões sobre amadurecimento.

Depois de finalmente conquistar Mark Darcy (Colin Firth) e se casar com ele, Bridget ainda está de luto quatro anos depois ele ser morto durante uma missão humanitária no Sudão. Viúva, ela vive com sua adorável filha de seis anos, Mabel (Mila Jankovic), que era jovem demais para se lembrar bem do pai, e com o filho mais velho, Billy (Casper Knopf), agora com 10 anos, que é um garoto inteligente, mas um tanto retraído e tocado pela tristeza.

Universal Pictures/Reprodução

Pressionada a forjar um novo caminho em direção à vida e ao amor, Bridget volta ao trabalho e até experimenta aplicativos de namoro, e logo se torna a ‘favorita’ de um homem mais jovem, sonhador e entusiasmado. Agora entre os malabarismos com trabalho, casa e romance, Bridget ainda tem que lidar com o julgamento das mães perfeitas na escola, se preocupar com Billy ainda em luto pela ausência de seu pai e se envolver em uma série de estranhos contatos com o racional professor de ciências de seu filho.

Dirigida por Michael Morris (Amizade Colorida), o novo filme segue trabalhando a vida da sua protagonista de forma cômica e destrambelhada em sua essência, ao mesmo tempo que dialoga temática bem atuais. O roteiro da sequência escrito pela autora da série Helen Fielding, ao lado de Dan Mazer e Abi Morgan, consegue mais uma vez, fazer com que as mulheres se identifiquem com a protagonista ,além de diálogos e situações contemporâneos. O filme mantém o estilo tragicômico e literário conseguindo permanecer fiel ao seu tema central e evita personagens irrelevantes ou subtramas desnecessárias.

Universal Pictures/Reprodução

A boa e velha comédia romântica também está aqui da forma leve e clichê, mas muito bem feita, e ainda assim, longe de ser daquelas água com açúcar, trazendo um tom dramático por conta da perda do marido.

Não existe Bridget Jones sem Renée Zellweger, e a força de sua atuação e a admiração óbvia pelo papel fazem muito para superar qualquer ponto negativo com efervescência e coragem. A atriz consegue levar essa amada heroína a um lugar adequado de encerramento, trazendo uma versão mais vulnerável e mais honesta da personagem, sem cair tanto em estereótipos.

Saudoso, melancólico, docemente romântico e abordando temas como amadurecimento e luto, Bridget Jones: Louca Pelo Garoto, serve como um desfecho perfeito da franquia, levando essa amada heroína para uma adequada jornada de encerramento.

Critica - Bridget Jones: Louca Pelo Garoto
Muito Bom 3.5
Nota Cinesia 3.5 de 5
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