Criado por Kevin VanHook e Yvel Guichet em 1992 e publicado um ano depois pela Valiant Comics, Bloodshot ganhou uma boa popularidade no meio quadrinesco, principalmente em 2012 quando a editora fez um reboot em seus personagens redefinindo suas histórias de origens.
Juntamente com a Sony Pictures e a Original Film, a editora decidiu utilizar o personagem como o seu pontapé inicial de seu universo de adaptação nos cinemas. O astro da franquia Velozes e Furiosos, Vin Diesel vem com sua popularidade em meio ao cinema de ação atual e protagoniza o filme que traz o personagem pra o publico casual conhecer no melhor estilo as produções do ator brucutu.
Na trama, Ray Garrison (Vin Diesel) é um ex-soldado que adquiriu poderes de regeneração após passar por experiências com nanotecnologia. O problema é que tais experiências foram contra a sua vontade e ele tem sua memória apagada inúmeras vezes.
Quando finalmente percebe o que acontece,ele se torna obcecado em descobrir sua origem e se vingar das pessoas que arruinaram sua vida.
Bebendo bastante de suas principais historias de origem(principalmente sua reformulação em 2012) o filme abusa dos básicos clichês do gênero (até brinca com alguns) apresentando reviravoltas bem previsíveis, mas até que compráveis se você somente embarcar e se divertir na proposta que o longa quer se propor a ser.
O visual do longa tem um estilo bem interessante, visto que o diretor estreante Dave Wilson trabalhou na área de efeitos visuais e alguns games, junte a algumas cenas de ação bem boladas(digo algumas, porque em vários momentos os cortes excessivos executados atrapalham um bom acompanhamento delas) mas nada fora de série, apenas boas e temos o nosso pacote básico de ser um filme de ação pipoca.
Na verdade eu falando assim soe mal, mas Bloodshot não é de todo ruim, apenas sua trama tenta se levar bastante a sério. A ideia por traz da criação do protagonista é interessante mas cai nos vários clichês do gênero e suas habilidades incríveis fazem suas ameaças nunca serem páreo para ele, o que tira o fator obstaculo a ser enfrentado se não ele mesmo. O bom é que o ritmo segura bem e combinado as frases de efeitos proferidas por Vin Diesel fazem da adaptação algo descompromissado em meio as tentativas de seriedade da trama.
Alias, por falar em Vin Diesel, o astro faz o seu habitual de sempre, porradeiro, cheio de frases de efeitos e dramaticidade zero (gritando alto pra expressar isso!). O destaque que se sobresai é Eiza González que não deixa a peteca cair nas cenas de ação.Já Guy Pearce cai no esteriótipo do cientista malvado e inescrupuloso.
Bloodshot não é aquela adaptação de quadrinho que chega com os dois pés na caixa dos peitos, mas é um bom longa de ação que tem a cara de seu astro. Pra você embarcar nela vai ter a haver com seu grau de gosto aos projetos de Vin Diesel, mas ao menos a porta para uma nova fonte de ideias para o gênero de HQs nos cinemas sem ser Marvel e DC está dada e tomara que possamos ver personagens como Shadow Man e Ninjak nas telonas pelo selo Valiant Enterteniment.