Besouro Azul tem carisma, sangue latino e Bruna Marquezine como destaque

Danilo de Oliveira
6 Min de Leitura
3.5 Muito Bom
Crítica- Besouro Azul

O ano da DC não é dos melhores! A empresa que nos cinemas vive altos e baixos com suas adaptações, esse ano com o anúncio de um novo universo comandado agora pelo criativo James Gunn, o encerramento do anterior se tornou um desastre!

Shazam 2 e The Flash não foram bem recebidos e se tornaram fracassos nas bilheterias mundiais. Eis que mesmo com as expectativas baixas, como disse um amigo, a esperança é azul! Besouro Azul chega as telonas sobre forte desconfiança, mas a aventura estrelada por Xolo Mariduena e a nossa brazuka Bruna Marquezine entrega um filme leve,divertido, carismático e de alma latina para ao menos trazer um fôlego para a empresa, antes de sua virada de página.

O filme conta a história de Jaime Reyes (Xolo Maridueña), um jovem estudante mexicano que acabou de se formar em direito e que retorna para casa, em Palmera City, para se reencontrar com a família e utilizar seu recém-adquirido diploma para tirá-los de uma inevitável pobreza. Entretanto, ao chegar lá, ele descobre que a família perdeu a casa para as Indústrias Kord, um conglomerado científico e tecnológico que cresce semana após semana e retira os moradores originais de seus lares para expandir um império puramente neoimperialista. Logo, cabe a Jaime fazer o máximo que consegue para tirá-los de um prospecto sombrio e derradeiro, buscando algum trabalho que lhe dê uma fonte de renda sólida e que o permita ajudar aqueles que mais ama.

Warner Bros/Reprodução

Tudo muda quando, em um determinado dia, ele cruza caminho com Jennifer Kord (Marquezine), filha do fundador da Kord, Ted. Escondida às sombras de sua tia, Victoria (Susan Sarandon), ela coloca as mãos em uma tecnologia alienígena com potencial ilimitado – e que será utilizado por Victoria para construir armamentos em massa para reforçar seu domínio sobre o mundo. Temendo o que pode acontecer, Jenny vai contra o que a tia espera dela, surrupia essa relíquia (um escaravelho com poderes inimagináveis) e pede para que Jaime o guarde com a própria vida. E, apesar de avisá-lo para deixar o objeto em paz às ocultas, o nosso protagonista acabando criando uma simbiose inescapável com a inteligência artificial da tecnologia, Khaji-Da (dublada por Becky G), construindo uma intrínseca relação vital que lhe dá um aparato sobre-humano. Todavia, as coisas não são tão fáceis como imagina – e Victoria reúne seus asseclas para arrancá-la do rapaz e reaver o que lhe pertence “por direito”.

Pegando a base do personagem em sua fase da Novos 52 ( Reyes é o terceiro usuário do título de Besouro Azul) o filme não se importa em beber tudo o que já foi feito na estrutura de filme de origem e foca em equilibrar a vida comum com a heróica, cheia de poderes e responsabilidades. O tempero e seu diferencial está em sua alma latina.

Trazendo uma equipe majoritariamente de descendente de países da América Latina como o diretor Angel Manuel Soto e o roteirista Gareth Dunnet-Alcocer assim como seu elenco, o longa traz um viés diferenciado dos esteriótipos que a Hollywood costuma trazer pra esses tipos de personagens,trazendo em referências e tom algo pra o longa chamar de seu.

Warner Bros/Reprodução

Seguindo sua simplicidade e sendo honesto do que quer entregar, Besouro Azul carrega sua força motriz em seu núcleo familiar: Os Reyes são o foco constante e sempre carismático, o núcleo cria uma identidade afetiva com o público, porque mesmo com o pouco tempo de desenvolvimento, parece que conhecemos essa família há tempos, e eles fazem a jornada ainda que clichê, como eu falei, honesta e sem firula para o seu protagonista.

Outro ponto a destacar aqui é sua parte técnica, incluindo seus efeitos especiais que aqui estão incrivelmente ótimos. Um frescor vindo que esse ano muitas obras de orçamento ainda maior não apresentaram isso bem! ( vide um certo herói escarlate).

Warner Bros/Reprodução

Não poderia deixar de destacar claro nossa Bruna Marquezine, que estréia em Hollywood com o pé direito, por sua Jenny Kord ser extremamente relevante pra trama e a atriz conseguir entregar muito bem seus momentos! A química com o Xolo é ótima e mesmo que pareça meio boba no começo, você já ver que eles estão em muita sintonia. Aliás o protagonista é uma figura de carisma genuíno, graças ao ator!

O ponto negativo está nas figuras vilanescas. A DC já não traz muitos vilões icônicos em seu universo compartilhado e aqui mais uma vez decepciona. A Susan Sarandon e sua Victoria Kord é pura canastrice de vilã corporativa e gananciosa. Já o Carapax é o tipo guarda costa brutamonte parecido com os do filmes do James Bond.

Pra finalizar, Besouro Azul é um filme que não tem medo de abraçar o clichê e ser uma divertida e carismática aventura de super herói com um toque latino de ser. A DC é Azul!

Crítica- Besouro Azul
Muito Bom 3.5
Nota Cinesia 3.5 de 5
Share This Article
Leave a comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *