Os Bad Boys estão de volta! Quatros anos após o terceiro filme ( o menor intervalo entre filmes da franquia) Mike e Marcus estão de volta para uma rodada de ação e muita comédia em um dos mais divertidos e autênticos blockbusters desse verão americano.
Em Bad Boys: Até o Fim, acompanhamos Mike (Will Smith) e Marcus (Martin Lawrence) em um novo momento de suas vidas. O primeiro deixou de ser um mulherengo metido a gostosão e agora é um homem casado. Já o segundo, após um infarto, vive uma nova fase espiritual – mais uma na saga. O mundo deles começa a virar de cabeça para baixo quando seu ex e finado chefe é acusado de ter ligações com o cartel do filme anterior. A história então os leva para revisitar companheiros do passado e partir em uma missão para limpar a barra do Capitão e, claro, deles dois.
O roteiro não tem nada de novo no gênero e até traz estruturas já vistas na franquia, mas é ágil em conduzir o espectador ao novamente explorar seus protagonistas e suas fragilidades, visto que já não são tão “Boys” como nos primeiros filmes.
Mike de Smith, agora é um cara comprometido, diferente do mulherengo de outrora e carrega algumas fragilidades que não tinham no personagem. Isso nos dá uma nova camada a mais para explorar a idade e suas complicações e o ator a vontade no papel e longe da pressão de papéis de premiações parece está fazendo mais um dia qualquer de sua vida, visto a leveza e facilidade de está no personagem.
Lawrence também tem seu destaque para seu humor melhorado aqui do que no filme anterior. O Marcus passa por mais uma fase na sua vida após quase uma fatalidade lhe acontecer. Essa mudança na vida, confere ao personagem contrastar muito bem com o de Smith e com isso, a oportunidade do ator explorar mais sua veia cômica e nos fazer gargalhar como nos primeiros filmes.
Outro ponto que o roteiro explora melhor e até amplia esse escopo é nos personagens secundários. A franquia nunca foi muito de abordar muito eles, mas desde do terceiro filme, isso foi vindo e como aqui é uma sequência meio que direta dele, a turma vinda dele se apresenta com mais destaque aqui. A equipe formada por Paola Nuñez, Vanessa Hudgens e Alexander Ludwig, ajudam a dupla na missão mais perigosa, cada um com sua especialidade. Um grande destaque aqui vai para o personagem de Dennis Greene, Reggie, uma das melhores piadas de Bad Boys 2, vira um asset importantíssimo na ação. E claro que há um certo que de Velozes e Furiosos aqui, devido a um certo vilão do filme anterior está de volta e poder ser sua rendição.
Esse aumento no escopo também está na ação! E olha, o trabalho da dupla Adil El Arbi e Bilall Fallah, que já havia trabalhado no longa anterior ( e no finado Batgirl) se faz um dos maiores acertos aqui. Com mais liberdade que antes onde estão mais contidos e até emulando mais a cinematografia de Michael Bay, nesse eles se utilizam de um vasto arsenal pra dá inventividade as cenas.
As cores saturadas, os ângulos de baixo para cima e as câmeras lentas do diretor dos filmes originais ainda estão presentes aqui, mas a dupla deixa sua marca juntando shots incríveis feitos com drones, com câmeras em POV(quase que uma primeira pessoa) e movimentos digitais que colam um shot no outro mudando a perspectiva que vemos a ação, seja para mais próximo dos personagens, suas armas ou veículos, com movimentos de câmera 3D a lá James Wan, tudo é muito sensacional e em um cinema de ação cada vez mais focando no estilo “John Wick” de ser com close fechado e câmera fixas em ângulo verticais, ver algo diferente mas inventivo e bem feito é de encher os olhos!
A trilha sonora de Lorne Balfe mantêm o padrão da série e a fotografia com tomadas aéreas de uma Miami ensolarada e saturada dão a cereja do bolo pra a sequência.
Pra finalizar, Bad Boys: Até o Fim é o autêntico e divertido blockbuster do verão. Amplia sua ação e seu escopo de forma inventiva e barulhenta, mas também tem coração e carisma para com seus protagonistas. Tem diversão, tem ação e claro, tem Will Smith e Martin Lawrence cantando Bad Boys!