Os primeiros meses do ano com certeza são quase como meses de descarte para os grandes estúdios tanto nos EUA como aqui no Brasil. Sim, tem as animações e projetos voltados para as ferias escolares das criançadas e aqui eu posso considerar As Mumias e o Anel Perdido como os dois exemplos, já que a animação espanhola distribuida pela Warner Bros. com certeza deve agradar a criançada nessa reta final de recesso como também é o momento perfeito para o estudio lançar um projeto sem grandes concorrentes visto a simplicidade de sua historia que apesar de generica é sincera em sua proposta: divertir a gurizada com uma aventura cheia de cores.
Na animação acompanhamos as divertidas aventuras de três múmias egípcias que vivem numa cidade subterrânea sob as pirâmides do antigo Egito que, após uma série de infelizes acasos, acabam embarcando numa hilária e agitada jornada na Londres atual à procura de um anel ancestral, de propriedade da Família Real das Múmias, roubado pelo ambicioso arqueólogo Lorde Carnaby.
O roteiro de Jordi Gasull e Javier López Barreira – vencedores do Goya de Melhor Roteiro por “As Aventuras de Tadeu” não tem nada de inventivo e traça uma narrativa simples beirando a simplicidade para trazer uma aventura especialmente voltada ao seu publico alvo, com situações mirabolantes e varios personagens caricatos. Em resumo, o longa-metragem é uma produção espanhola sobre múmias do Egito Ptolemaico, que participam até de corridas de bigas romanas, e que, ao atravessar um portal, vão parar em Londres, capital da Inglaterra, nos dias de hoje, só pra voces verem a salada cultural que tem essa produção!
O quarteto protagonista, composto pela Princesa Nefer (Eleanor Tomlison), o ex-corredor de bigas Thut (Joe Thomas), seu irmão mais novo Sekhem (Santiago Winder) e seu inseparável bebê crocodilo de estimação, funciona, apesar de terem objeivos repetitivos e apresentarem comportamentos típicos de personagens de animações sem grande apreço por uma boa narrativa.
O estilo de animação do longa puxa para o caricato, mas flerta com detalhes e boas texturas, principalmente na criação do mundo das múmias, além de contar com um colorido chamativo e bem distribuído e acvertado para seu publico alvo.
No final, apesar dos clichês, As Múmias e o Anel Perdido é mais uma opção para as crianças com uma aventura colorida e sincera na sua simplicidade. Só não espere aqui algo a lá Dreamworks ou Pixar viu!