Análise – Godzilla

Danilo de Oliveira
7 Min de Leitura

O rei dos monstros está de volta aos games! Godzilla traz o retorno do lagarto atômico e presta uma homenagem ao legado de mais de 60 anos de história do personagem além de toda a ação no melhor estilo tokusatsu.

Mas apesar de trazer um excelente acervo de informações para os fãs, o título pode decepcionar até os mais entusiastas por jogos de ação destrutiva,com gráficos ultrapassados e gameplay repetitiva.

A história do modo principal gira em torno do retorno de Godzilla. Com sua primeira aparição, os humanos foram capazes de descobrir a Energia G e usá-la para sustentar suas cidades, além disso uma nova unidade de desastres foi criada, a Força G, para combater um possível retorno do lagartão e manter a paz nas cidades.

 

Após 60 tranquilos anos, Godzilla está de volta atrás dos geradores de Energia G, sua fonte principal de alimento. Durante toda a jornada, somos informados da situação através de uma oficial da Força G que se comunica com um líder do governo. Esse líder muda no decorrer da história e isso influencia na dificuldade da fase. O líder, dependendo do nível de destruição causado pelo jogador, pode aumentar o nível de desastre enviando novas formas de combater os monstros, como aviões mais poderosos e bombas. A história é curta e pode ser terminada em poucas horas, mas rotas alternativas podem ser tomadas e novos cenários visitados.

Além do modo historia(aqui chamado de Deus da Destruição) temos o Rei dos Kaijus, no qual se enfrenta hordas de monstros gigantes; o Evolução, em que a idéia é apenas evoluir Godzilla para ser usado nos outros modos.

Há também a possibilidade de montar dioramas e tirar fotos com personagens, cenários e peças que são desbloqueados durante os modos de jogo quando se realiza determinadas ações, como destruir um prédio específico. E também um guia Kaiju que faz um grande “fan service” ao trazer informações detalhadas sobre monstros e criaturas vistas nos filmes e seriados.

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Em primeiro lugar não tem como não reparar ao jogar Godzilla são seus gráficos. Apesar dos monstros estarem com um modelação razoável, os cenários são genéricos e sem vida. As ruas são vazias e não possuem pessoas, carros ou outros veículos civis, as construções possuem texturas que remetem a jogos lançados há duas gerações e que poderiam ser facilmente renderizadas pelo PlayStation 2. Além disso, os efeitos como água, fogo e fumaça parecem ter saídos de jogos de décadas atrás.

É possível destruir cidades, usinas e cais enquanto a Força G tenta impedi-lo com seus helicópteros, caças e robôs genéricos que se repetem. Ao destruir os cenários, poeiras e escombros são espalhadas e dificultam até mesmo a visão do jogador — é fácil pisar em um tanque sem ao menos tê-lo visto antes. Por falar em repetição, os cenários, dependendo da rota tomada pelo jogador, também são revisitados, deixando tudo com uma impressão de mais do mesmo.

Outro ponto desanimador é a limitação. Ao iniciar uma nova fase, é possível visualizar uma grande área, porém apenas uma parte dela é destrutível. Uma linha laranja a delimita e passar por ela é impossível. Mesmo os prédios fora da área, e que são alcançáveis, não podem ser destruídos, permanecendo imóveis mesmo após algumas tentativas de golpeá-los.

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Além de Godzilla, outros monstros visitam os cenários para enfrentar o jogador. Todos eles surgem sem nenhuma explicação aparente durante a jornada pelo modo história. Os monstrões gigantes atrapalham a destruição desafiando o jogador para uma batalha de um contra um. Mecha Godzilla, Mothra, King Ghidorah e Hedorah são alguns exemplos de inimigos enfrentados e todos estão bem modelados contrastando com os cenários.

Outra coisa é a jogabilidade, apesar de nos dar a idéia de como é controlar um monstro de varias toneladas os controles sofrem com uma certa carência. O direcional fica a cargo da movimentação, mas é necessário apertar o R1 ou L1 para que mude de direção, deixando qualquer ação mais lenta. Um exemplo que pode acabar sendo frustrante é lutar contra Mothra. A gigante mariposa ataca Godzilla com golpes aéreos e vai para suas costas, logo é necessário se virar para atacar, até fazer isso você já foi golpeado novamente e agora ela está do outro lado, deixando qualquer um frustrado.Isso é proposital, mas para jogadores casuais pode se tornar um problema acostumar aos comandos.

Os botões ficam encarregados de golpes típicos, como rajadas de raios, ataques fortes e normais, além de uma enorme explosão de energia que causa a destruição de tudo à sua volta.

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Os pontos fortes do jogo ficam por parte dos desbloqueáveis e algumas ações interessantes que podem ser executadas durante a jornada para destruir cidades genéricas, além de um DLC que libera o controle da versão de Godzilla do filme de 2014.

Godzilla no geral é apenas um jogo mediano e sem maiores atrativos. Com cenários repetitivos, genéricos e sem vida, o título acaba se tornando chato com o tempo e mesmo seus modos de jogo não são suficientes para prender o jogador por muito tempo por serem essencialmente parecidos.

Mesmo entregando um grande acervo de informações para os fãs de longa data das séries e filmes de Godzilla, o jogo peca em seu aspecto principal, ser um bom jogo. Há melhores jogos nas gerações passadas que destacavam toda a ferocidade de Godzilla e seus amigos (ou inimigos). Infelizmente não foi dessa vez.

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