Análise – Bayonetta 2

Emile Campos
7 Min de Leitura

O anúncio de Bayonetta 2 foi uma das maiores surpresas.Mesmo sendo um ótimo game do seu gênero, o primeiro não vendeu o suficiente para justificar uma seqüência .Mas a Platinum Games é um estúdio fora do normal que, ao contrário da tendência na indústria, coloca como prioridade o seu gosto de criar jogos, com a Nintendo bancando exclusivamente para o seu console o WiiU(que neste ano surpreendeu com muitos títulos de qualidades)o game consegue ser ainda melhor, proporcionando uma jogabilidade mais rápida, precisa e viciante. Antes de colocar as mãos em Bayonetta, tenha em mente que a proposta da série é basicamente oferecer hordas e mais hordas de entidades divinas e diabólicas para você aniquilar através do esmagamento de botões.

Novamente, a história de Bayonetta envolve os reinos de Paradiso, Inferno e Purgatório. Logo no início da jogatina, durante um Natal aparentemente tranqüilo, eis que Jeanne, a bruxa companheira de Cereza, é morta. A alma da jovem acaba trancafiada nas profundezas do inferno e é seu dever correr contra o tempo para salvá-la.

A única forma de Bayonetta alcançar as portas do céu e inferno é através de Fimbulventr, uma montanha mágica que, segundo a lenda, resguarda as entradas sagradas e abriga Aesir, o Deus do Caos, que vive no topo da cordilheira para vigiar todos os acontecimentos do mundo.

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As batalhas em Bayonetta 2 são um autêntico delírio. A ação e tão intensa, tão espetacular e tão exagerada, que mal terão tempo pra respirar. Sinceramente, para encontrar algum defeito na mecânica de combate do game, é preciso se esforçar muito. Para começar, a variedade de inimigos é surpreendente. Você não terá tempo suficiente para enjoar de determinada criatura, já que a cada novo embate, um grupo inédito de monstros irá aparecer.

A pancadaria não tem hora certa para iniciar e todas as batalhas são imprevisíveis. Quando o silêncio tomar um ambiente, apenas desconfie. Afinal, certamente surgirá um monstro gigantesco de um abismo para tentar esmagar o corpinho angelical de Bayonetta.

Em certos momentos, fica até difícil saber a localidade exata de seu personagem, tamanha quantidade de luzes e efeitos saltando na tela. De fato, essa é uma das marcas registradas da série que, mesmo depois de quatro longos anos, conseguiu mantê-la intacta.

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Muitos desses inimigos  serão abatidos através dos ataques Climax, seqüência em que Bayonetta utiliza o seu cabelo para castigar os seus oponentes. Autênticos espetáculos visuais que farão as delícias de qualquer fã deste gênero.

Depois de cada batalha serão classificados com uma nota, determinada pelas combinações de golpes executadas, o tempo demorado e o dano recebido. Enquanto ao início estarão provavelmente a tentar sobreviver, eventualmente serão bons o suficiente para almejarem às melhores notas. No fim de cada capítulo são classificados de acordo com o que foram fazendo ao longo desse episódio, e serão recompensados em conformidade. Quanto melhor a nota, melhor a recompensa, e maiores as possibilidades de conseguirem desbloquear fatos, itens e armas. Podem ainda repetir cada capítulo individualmente, para melhorarem as notas ou procurarem algo que tenham deixado para trás.

Há diversos tipos de elementos para juntar, como pedaços de coração (que aumentam o limite máximo de vida), cacos de pérolas (mais magia) e LPs (se transformam em diversos itens na loja de Rodin).

O jogo tem bom conteúdo em se tratando de um título quase estritamente de ação. A campanha gira em torno de 15 horas, quase o mesmo tempo do original,mas seu valor replay é imensamente superior.

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A maior novidade introduzida em Bayonetta é o modo cooperativo para dois “Tag Climax”, uma adição incomum a este gênero mas que é recebida de braços abertas e uma boa alternativa ao modo história. Este modo é cooperativo mas também competitivo. No final de cada rond (cada partida tem seis), é eleito o jogador vencedor com base nos anéis ganhos. O vencedor ganha o direito de depois escolher a “Verse Card”, que dita a área e inimigos onde vão jogar. As Verse Cards desbloqueadas estão dependentes do vosso progresso na história. Quanto mais capítulos terminarem, mais Verse Cards ficam acessíveis e mais variedade encontrarão no Tag Climax.

Bayonetta 2 é um jogo com grande impacto visual. Desde as localizações lindas, aos chefes que ocupam a tela inteira, existe muito para apreciar, numa perspectiva técnica e artística. Este é, na nossa opinião, o jogo que melhor demonstra os gráficos do Wii U, o que é ainda mais impressionante considerando os 60 frames por segundo que consegue suportar durante a ação.

Magistralmente, o game consegue unir músicas de dois gêneros distintos para climatizar ainda mais os estágios divididos em episódios. Se por um lado temos combates conduzidos por faixas que parecem ter saído de um anime(“Tomorrow is Mine” é uma canção que gruda no ouvido), por outro, nos deparamos com uma trilha sonora orquestrada; quase épica.

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Por fim, Bayonetta 2 traz um belo presente, que é o de trazer o primeiro game. É uma conversão muito competente do original lançado para o Xbox 360 e PlayStation 3 em 2009.

Bayonetta 2 aprimora todos os elementos da primeira versão e é obrigatória para qualquer fã de um bom jogo. Com momentos memoráveis e uma jogabilidade perfeita, o título justifica a aquisição do recente console da Nintendo. Afinal, é o hack n’ slash mais divertido e completo dos últimos tempos.

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