A Viúva Clicquot | Uma linda e inspiradora história de uma mulher revolucionária

Danilo de Oliveira
5 Min de Leitura
Paris Filmes/Reprodução
3.5 Muito Bom
Critica - A Viúva Clicquot

História de mulheres empoderadas, já não uma novidade no cinema nos últimos anos. A busca por personagens pouco conhecidas da nosso mainstream se tornou algo interessante e até motivador para o publico conhecer pessoas que foram influentes, mas que não tem uma abrangência por meio do mundo globalizado.

A Viúva Clicquot é um belo exemplo dessa abordagem, ao trazer ao grande publico, a história de uma mulher que criou uma revolução e aforma de se produzir champagne e criou uns dos mais poderosas marca no ramo a Veuve Clicquot, que comemora 250 anos de fundação.

O filme é inspirado na história real de Barbe-Nicole Ponsardin Clicquot (vivida majestosamente por Haley Bennett), uma jovem de 26 anos que vivia na região de Champagne, na França, no início dos anos 1800. O filme é baseado na biografia A viúva Clicquot: A história de um império do champanhe e da mulher que o construiu, escrita por Tilar J. Mazzeo e traduzida para o português por Angela Lobo de Andrade.

Paris Filmes/Reprodução

Barbe se vê viúva de repente com a morte prematura do seu também jovem marido François Clicquot (Tom Sturridge), que administrava uma vinícola na propriedade do pai Phillipe (Ben Miles), onde o jovem casal morava. Os dois tinham uma relação muito amorosa e era desejo de François (e também dela) que Barbe tocasse o negócio da família. Mas nossa protagonista vai perceber que esse caminho não será nada simples e fácil: ela vai esbarrar nas diversas dificuldades do momento histórico, com as guerras napoleônicas, e também, principalmente, nos diversos obstáculos de ser uma mulher administrando um negócio e uma propriedade que vários outros homens gostariam de ter para si.

O longa é uma história sobre perda, sonhos, amor, inconformismo e, principalmente, persistência. O diretor Thomas Napper, sabe se utilizar dos clichês básicos desse tipo de produção, e conduz com sensibilidade a história da personagem. Podemos acompanhar as dificuldades de Barbe com a forma como a sociedade tratava mulheres independentes e a forma como ela supera tudo com delicadeza e atitude impressionante. Além disso, a forma como persiste em atingir e e exigir seu máximo para atingir os melhores resultados, é retrato do porquê Clicquot sempre será marcante na história de Champagne.

Paris Filmes/Reprodução

O filme não segue uma linha do tempo linear. Começamos a acompanhar o que acontece imediatamente após a morte de François, mas as lembranças de Barbe nos levam com frequência para o passado, nos mostrando como era a relação dela com o marido e todo o caminho cheio de complexidades que foi trilhado por eles até aquele momento.

O design de produção é muito perspicaz em passar essa sensibilidade e estilo que o filme se propõem, seja pela fotografia de tons pasteis que remete a época, como no visual e figurinos. É incrível que eu me sentir em alguns momentos assistindo um Orgulho e Preconceito, tamanho a semelhança no visual e por coincidência o diretor trabalhou como diretor de segunda unidade no filme, além que Joe Wright,  também é produtor de A Viúva Clicquot.

Apesar de um drama bem conduzido, o final um tanto que se encerra de maneira abrupta, e mesmo que seja mencionada em forma de texto sobre Barbe, a vontade de ver como se sucedeu tais coisas deixa um gosto um tanto amargo ao final da sessão.

Pra finalizar, A Viúva Clicquot, é um filme simples, sem grandes pretensões, mas que cumpre muito bem o seu papel de nos transportar para outra época e apresentar a história dessa mulher revolucionária que criou um império!

 

Critica - A Viúva Clicquot
Muito Bom 3.5
Nota Cinesia 3.5 de 5
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