Volta e meia eu sempre apareço falando que a Segunda Guerra Mundial é um grande acervo para o cinema. É inegável que existem muitas boas histórias para serem contada para o grande publico conhecer mais e mais desse evento que marcou o mundo.
A Redenção: A História Real de Bonhoeffer é uma dessas histórias necessárias para serem trazidas a tona do período. O filme mergulha na vida de um dos teólogos mais relevantes do século XX, Dietrich Bonhoeffer, um homem profundamente comprometido com suas crenças e que bateu de frente com o nazismo na Europa dos anos 1930 e 40.
O roteiro segue bem a formula de muitas produções biográficas do período, mostrando de forma não linear a vida de Bonhoeffer como suas convicções, assim como a influência da cultura afro-americana na formação de sua visão ética nos anos 1930. Essa abordagem mostra como experiências marcantes moldaram seu pensamento e reforçaram sua resistência ao totalitarismo. Também exploramos seu papel como espião e teólogo, revelando as muitas facetas de sua luta contra a opressão. Além disso, o retrato ao explorar os ideias da igreja alemã junto com o nazismo, gera um paralelo terrivelmente bizarro com a nossa atualidade, que é impossível não sair da sala pensativo sobre aquilo.
A direção de Todd Komarnicki consegue capta bem toda luta e determinação do teólogo, sabendo bem equilibrar na parte religiosa de forma que não comprometa a sua base biográfica
A recriação histórica é muito boa e o design de produção ajuda bastante para isso, com cenários e figurinos que transportam o público para a época. O roteiro equilibra tensão e reflexão, conduzindo a narrativa com precisão e valorizando os momentos mais impactantes da trajetória de Bonhoeffer.
Com boas atuações, principalmente de Jonas Dassler, A Redenção: A História Real de Bonhoffer é uma daquelas história que merecem serem descobertas pela grande publico sobre essa época tão nebulosa da humanidade para não seja repetida no futuro.