A Linha de Extinção | Premissa interessante é desperdiçada em longa pós apocaplitico

Danilo de Oliveira
5 Min de Leitura
Paris Filmes/Reprodução
2 Regular
Crítica - A Linha da Extinção

O gênero pós apocalíptico nos últimos anos tem trazido boas produções e desperdiçado novamente o interesse do publico. Produções como a franquia Um Lugar Silencioso por exemplo, é a prova que uma premissa interessante bem explorada e conduzida pode gerar ótimos resultados tanto com o publico como financeiramente.

A Linha da Extinção, longa que traz Anthony Mackie (o Falção e novo Capitão América do MCU) e Morena Baccarin (conhecida por interpretar Vanessa na trilogia Deadpool), é o novo projeto do gênero que traz uma premissa interessante de predadores alienígena para exterminar a humanidade, mas ao contrario do exemplo que falei entrega um resultado bem aquém do esperado.

Na trama, três anos após monstros surgirem e forçarem os seres humanos a viverem 2.400 metros acima da superfície, Will ( Anthony Mackie) precisa achar novos medicamentos para o filho, Hunter (Danny Boyd Jr.) e precisará cruzar a linha. Ele se junta a Katie ( Maddie Hasson) e a Nina ( Morena Baccarin) nessa missão para enfrentar as criaturas.

Paris Filmes/Reprodução

Dirigido por George Nolfi, conhecido principalmente por seu trabalho como roteirista em filmes como ‘Doze Homens e Outro Segredo’ (2004), ‘O Ultimato Bourne’ (2007), por dirigir e escrever ‘Os Agentes do Destino’ (2011) e por dirigir ‘O Banqueiro’ (2020) repetindo a parceria com Mackie (o ator participou de tres dos quatros trabalhos dirigidos pelo realizador), o filme apresenta de forma simples sua premissa sem muitas firulas e bem objetivos. Assim como em Um Lugar Silencioso, a informação sobre as ameaças são bem poucas e aos poucos vamos sabemos junto com os protagonistas mais sobre elas. Se por um lado o roteiro nos poupa de explicações demais, por outro lado a gente nota que várias coisas são escondidas propositalmente de forma a nos deixar curiosos.

Contudo, os pontos fortes ficam para as cenas de ação e suspense e os momentos que o trio está junto, interagindo um com o outro. Em vários desses momentos, inclusive, é quando o diálogo mais emocional funciona, dado o contexto das cenas e a atuação do trio principal, mas são apenas em alguns momentos.

Já que o grande problema está na execução disso tudo! O roteiro de John Glenn, Jacob Roman e Kenny Ryan é uma combinação de clichês do gênero. Misturando elementos do citado “Um Lugar Silencioso”, ele oferece poucas surpresas e segue um caminho previsível. A jornada do trio principal é marcada por desafios já esperados e revelações que tentam, sem sucesso, adicionar profundidade emocional aos personagens. A direção em alguns momentos se perde nas próprias conveniências. Um personagem é deixado para atras e surge logo depois lá na frente sem nenhuma explicação! Apesar de saber esconder as criaturas por um tempo ( e também por questão de orçamento), no terceiro ato o CGi é bem falho e estranho.

Paris Filmes/Reprodução

Anthony Mackie traz uma boa performance como Will, equilibrando carisma e desespero em sua luta para proteger o filho. Morena Baccarin, como Nina, traz intensidade ao papel de uma cientista com um passado traumático e uma missão de salvar a humanidade. No entanto, Maddie Hasson, que interpreta Katie, se destaca ao dar ao filme um toque de rebeldia e otimismo com um lado cômico, mesmo sendo prejudicada por diálogos expositivos que tentam forçar empatia em momentos previsíveis.

A Linha da Extinção entrega uma produção que tem uma premissa, mas interessante que sua execução que o torna só mais uma na imensidão do gênero. Embora careça de originalidade e profundidade, ele é um entretenimento eficiente para quem busca escapismo.

Crítica - A Linha da Extinção
Regular 2
Nota Cinesia 2 de 5
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