Crítica – Os Smurfs e a Vila Perdida

João Fagundes
3 Min de Leitura

A nova aventura dos pequeninos Smurfs chegou! Ainda que seja o terceiro filme da franquia de 1958 a ser produzido pela Sony Pictures, ele servirá como um reinício totalmente em computação gráfica, diferente dos dois anteriores. Do diretor Kelly Asbury (“Shrek 2” e “Spirit: O Corcel Indomável”), vamos visitar o colorido vilarejo dos Smurfs e descobrir mais sobre a espécie mais fofa e azul que existe. Preparem seus óculos 3D, que o longa garante boas cenas para esse formato.

De início, já seremos apresentados aos personagens que tanto conhecemos, feita de uma forma breve e bem divertida para não se repetir na introdução do filme de 2011. A doce Smurfette se sente deslocada por não ser como os demais Smurfs, a começar por ser a única garota, mas também por não ter um talento ou habilidade para se orgulhar. É interessante a forma como entenderemos a origem da personagem, que foi criada pelo temível vilão Gargamel. O feiticeiro terá como sempre a ajuda de seu mascote, o gato Cruel, que de longe é o mais divertido.

Como de praxe, apenas alguns dos Smurfs estarão de fato na aventura. Desastrado, Gênio e Robusto irão acompanhar a Smurfette (dublada por Demi Lovato em inglês), onde juntos irão descobrir uma vila encantada repleta de criaturas mágicas e uma comunidade secreta. Sendo uma produção de alta qualidade, é perceptível esse cuidado por parte do departamento de arte. A dublagem em português nos surpreendeu com a cantora Ivete Sangalo – que já dublou na animação “Aviões” – que dubla a matriarca Smurf Magnólia (Julia Roberts em inglês).

O roteiro de  Pamela Ribon (“Moana: Um Mar de Aventuras”) e Stacey Harman é repleto de surpresas e muitas piadas para crianças (em alguns momentos até os adultos vão rir), mas se torna previsível em pouco tempo. Abordando temas como inclusão, diversidade e solidariedade entre gêneros e espécies diferentes, esse é um filme bastante instrutivo e cheio de boas mensagens para o público. Se nunca deu uma oportunidade para os Smurfs, essa é uma boa hora para conhecer os peculiares personagens do cartonista belga Peyo (nome artístico de Pierre Culliford).

Repleto de canções dançantes, incluindo a original “I’m a Lady” da Meghan Trainor, não faltará motivos para elogiar essa animação, sendo a mais divertida em comparação com os filmes anteriores. Destaque para a joaninha que fará nossos heróis terem uma ideia de contemporaneidade e tecnologia, já que num humilde vilarejo mágico não esperamos isso. Dentre as opções da semana, “Os Smurfs e a Vila Perdida” será uma das melhores para levar as crianças e aproveitar para se entreter também.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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