‘Madoka Magica’ desconstrói o universo das garotas com poderes mágicos

João Fagundes
4 Min de Leitura

Um dos animes mais falados dos últimos anos. É compreensível que essa repercussão traga mais produtos para a franquia, e o principal deles foi o mangá. O mais curioso é que houveram 4 adaptações para o papel (incluindo a light novel), entretanto, a que abordaremos nesse artigo é a primeira lançada (sim, estamos falando do caso de um mangá que veio após o anime) e a que mais se aproxima da animação exibida em 2011. Em 3 volumes, a história de Madoka Kaname e suas amigas será narrada.

Com o roteiro da Magica Quartet e as ilustrações sombrias de HANOKAGE, encontramos algumas diferenças entre os materiais que até então poderiam ser maiores. Por óbvio, quem viu o anime pode achar o material impresso dispensável, mas quem realmente amou a história ou gosta dos traços do gênero shoujo é uma coleção bem interessante. Enquanto o anime é elétrico e quase não nos permite ver as cenas de batalha com clareza, as ilustrações do mangá retratam a beleza em apreciar uma simples imagem.

Pra quem não conhece, o terror psicológico é uma das chaves por trás dessa história com capa rosa e kawaii, escondendo a real situação para só revelar quando as personagens descobrem o “glamour” de ser uma garota mágica. Abordando temas como amizade, lealdade e a busca pela realização de sonhos… é de tirar o fôlego acompanhar as aventuras das meninas, que a princípio devem pensar que a vida que escolheram é a mesma de uma Sailor Moon (seria meu sonho?). Como eu acentuei, elas são escolhidas, mas também escolhem essa condição em troca de um desejo: Qualquer coisa.

A Kyoko Sakura é uma garota mágica veterana, bastante egoísta em comparação as demais. Diferente da Homura Akemi que embora seja séria, é quem avisa as mais novas do sacrifício de aceitar o contrato. Mami Tomoe é a líder, e até a mais simpática por instruir as aspirantes a garotas mágicas. Sayaka Miki é a companheira de Madoka, bastante confiante e diferente de sua amiga, que é tímida e indecisa. Diante de tantas personagens, é difícil escolher uma, mas a Akemi é a favorita da maioria.

Kyubey é o mascote dessa história e quem administra essa organização. Oferecendo um contrato para as garotas, que após a adesão terão de destruir as aparições de bruxas pela cidade. Diferente do esperado, a decisão é sempre feita no momento mais difícil para as personagens e para o leitor ficará a lição de que não podemos impedir as coisas de tomarem o seu curso. As personagens possuem muita personalidade, e algumas levaremos pra vida!

Com páginas coloridas e ilustrações extras com comentários do mangaká, a edição se torna mais divertida. O acabamento da editora NewPop é de bom gosto e com um valor mais em conta que os das outras editoras. Quem gosta de fantasia e aventura terá mais um motivo para ler, até mesmo os meninos que vão julgar um mangá pela capa.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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