Para os amantes do extenso universo sci-fi, eis a solução para a carência de novas perspectivas no atual mercado literário. Lançado originalmente em 2005, o livro reune alguns contos de autores consagrados no gênero da ficção científica, sendo interessante por conter diversos pontos de vista e diversos “futuros possíveis”.
Organizado por Harry Turtledove, doutor em História Antiga e Medieval e Martin H. Greenberg (1941 – 2011), famoso por compilar mais de 1.500 antologias, onde muitas delas foram premiadas e, como demonstração de sua importância para o gênero, foi cofundador do Sci-fi Channel.
Os 18 contos incluídos nesta obra estão em ordem de lançamento, o que apresenta títulos da década de 40 até os anos 90, ainda que se concentre mais nos anos 50, década que foi importantíssima para a posterior criação de franquias como “Doctor Who”, “Star Wars” e “O Guia do Mochileiro das Galáxias”. Embora sejam contos antigos, eles tratam de temas muito próximos do que de fato existe na atualidade, o que impressiona por boa parte dos autores já terem falecido.
A linguagem varia com a mudança de autor, em alguns momentos sendo rebuscada, o que não impede o interesse na leitura, muito pelo contrário, enriquece o vocabulário do leitor. Outra vantagem é a apresentação de autores que possuem outras obras literárias que podem ser procurados após a leitura de seu conto, onde para facilitar, a edição de cada conto adicionou um rico histórico de cada autor e o objetivo deles ao se envolver com o universo Sci-Fi, comprovando a importância de cada um estar nessa compilação.
Entre os contos vale destacar o “Rumo a Bizâncio” de Robert Silverberg e o “A Seta do Tempo” de Arthur C. Clarke, por conterem uma grande precisão na abordagem, de maneira que envolve e transporta para o ambiente descrito. Após ler será perceptível que o século XX não é muito diferente do nosso, pois viemos recentemente dele e estamos longe do próximo. A contra-capa coloca em evidência alguns contos como “Um Som de Trovão” (Ray Bradbury), “A Nave da Morte” (Richard Matheson) e “O Homem que Chegou Cedo” (Poul Anderson)
A quantidade de páginas em cada conto é em média de 5 a 25, o que não é cansativo. Por fim, o livro despertará grandes reflexões sobre as viagens no tempo, tendo muita utilidade para quem gosta de buscar inspirações na literatura. Para quem nunca se interessou pelo tema, esta leitura é uma boa forma de inserir em seu cotidiano.