Crítica – Minha Mãe É Uma Peça 2: O Filme

João Fagundes
3 Min de Leitura

Dona Hermínia está de volta! A aguardada sequência da comédia baseada na peça de teatro criada e estrelada por Paulo Gustavo chegou aos cinemas. Com a direção de César Rodrigues, que também dirigiu o “Vai Que Cola – O Filme” (2015) e dirige a série televisiva que originou o filme. Após atingir o grande público, será possível superar a marca de quatro milhões de espectadores?

Dando seguimento a sua carreira como apresentadora de TV, Hermínia parece ter tudo em ordem… mas você conhece a Dona Hermínia? Em meio a tanta preocupação com sua vida pessoal, eis que ela surta completamente. Seus filhos desempregados e cheios de idéias novas na cabeça, sua irmã que deixou a família para viver em Nova York e decide voltar pra passar um tempo, e a chegada do neto que veio visitar a vovó.

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O que mudou? Hermínia está rica. O humor continua sendo a chave para a história se desenrolar, pois a proposta é mostrar os problemas de ser mulher, ainda mais sendo mãe. O elenco se manteve, e os filhos Juliano (Rodrigo Pandolfo) e Marcelina (Mariana Xavier) estão “naturalmente” (a pressão psicológica da mãe fica clara) deixando o ninho para viverem suas vidas, assim como o mais velho Garib (Bruno Bebianno) fez.

Com a chegada de uma nova personagem, a irmã desbocada vivida por Patricya Travassos, é divertido ter a interação das três irmãs, já que antes só se via Hermínia e Iesa (Alexandra Richter), agora temos a Lúcia Helena, o que foi um desperdício por não ter tido uma interação maior com a história. Nem mesmo o ex-marido Carlos Alberto (Herson Capri) teve um papel fundamental. A tentativa de emocionar seguiu EXATAMENTE a mesma estratégia do filme anterior, o que não fez nada além de sensibilizar o espectador que entende na pele o problema.

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Com a mesma fórmula, o filme terá o riso do público, entretanto, não tem o peso do anterior. Por sorte o elenco está familiarizado, então as relações não serão um problema. Paulo Gustavo tem competência para cativar mesmo nas cenas em que está sozinho conversando consigo mesmo. A discreta participação de Fátima Bernades é uma clara “troca de figurinhas” entre as apresentadoras de talk shows.

Fica clara a vontade de formar no mínimo uma trilogia, mas o perigo se encontra  nesse, em que muitas questões ficaram em aberto. Coisas importantes como a saúde de Hermínia, ou a sexualidade de Juliano ou a relação de Marcelina. Como uma mãe, estamos preocupados. Afinal, queremos bem a essa franquia.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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