Crítica – A Teoria de Tudo

Danilo de Oliveira
3 Min de Leitura

A Teoria de Tudo é mais uma cinebiografia de uma grande figura que passou poucas e boas mais realizou feitos incríveis.Uma velha forma que costuma agradar as academias responsáveis pelas premiações.

O problema é que seguir uma determinada cartilha, na maioria das vezes, resulta em uma produção burocrática e correta além da conta.Ainda sim os trabalhos de atuações seguram bem a produção e nos mostra um pouco dessa grande figura que é Stephen Hawking.

O filme narra a vida do cientista, responsável pela teoria sobre buracos negros e portador de esclerose lateral amiotrófica, que o confinou a uma cadeira de rodas e a uma expectativa de vida de dois anos, quando ainda era jovem.

Por  adaptar o livro de Jane Hawking (sua primeira esposa e interpretada por Felicity Jones) O diretor James Marsh (dos ótimos documentários “O Equilibrista” e “Projeto Nim”) e o roteirista Anthony McCarten (“Death of a Superhero”)focam mais nas dificuldades de Hawking e no romance dos dois. Um primeiro ato rápido antes da piora da doença para então se concentrar na deterioração pela esclerose lateral amiotrófica, que possui obviamente maior apelo dramático para sua narrativa.

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A questão é por achar que nossos pré-conhecimentos em Hawking já está fresco, que o personagem é apresentado de forma muito apressada no início. É quase como se sua vida pré-doença fosse um prólogo sem importância, e ele devesse ser definido por sua condição física. Mas deveria ser o contrário: com mais calma e dando mais tempo ao jovem personagem teríamos um impacto emocional maior ao acompanhar sua crescente deterioração.

Já nesse foco das dificuldades sobra espaços para o grande ás do filme: as atuações. Eddie Redmayne está incrível e justifica sua indicação ao Oscar quanto sua vitoria no Globo de ouro. indo dos trejeitos mais expansivos iniciais para restringir cada vez mais os movimentos, até ser capaz de passar todo o sentimento que precisa com um só olhar,suas expressões impressionam. Felicity Jones também está excelente como a esposa perfeita, que em alguns momentos, com poucos gestos, uma transparência tão verdadeira que sofremos junto com ela em cada cena difícil.

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Optando por ser um filme certinho sem se arriscar em nada A Teoria de Tudo deixa em segundo plano as conquistas de Hawking para apresentá-lo como alguém sempre paciente, em nenhum momento reclamando de sua condição,mais anda sim emociona  como uma obra leve, recheada de mensagens sobre a enorme luta em busca do conhecimento ser válida ou não.

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