Crítica – O Vendedor de Sonhos

João Fagundes
3 Min de Leitura

Quando seu mundo está desabando, tudo que você precisa “O Vendedor de Sonhos” terá. Baseado no livro best-seller do escritor brasileiro Augusto Cury, e sob a direção de Jayme Monjardim (também responsável por novelas como “O Clone” e “América”) teremos uma lição sobre nossos atos e o que isso poderá mudar em nossas vidas. Já sabemos que o drama estará entranhado nessa humilde história.

Júlio César (Dan Stulbach) é um renomado psicólogo cujos problemas o levaram a tomar uma decisão drástica, porém covarde. No momento de necessidade, eis que surge um mendigo que se denomina “o vendedor de sonhos” (César Troncoso) e a partir desse encontro nascerá uma amizade que pode poupar mais de uma vida. Uma premissa bem simples e de fácil entendimento.

Os personagens infelizmente não são carismáticos, o que deixa o filme pobre mesmo com um elenco digno. O seu início não pareceu agradável, pois os atores não pareciam confortáveis com os seus papéis. Por sorte isso muda com o tempo, mas já perder a atenção do espectador no princípio é vergonhoso.

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Ele terá lições de moral valiosas, sendo algumas bem difíceis de se imaginar no nosso cotidiano. Por esse motivo o filme seja um pouco do gênero “fantasia”, pois o espectador se reconhecerá em parte, enquanto a outra será uma utopia. Nem mesmo a trilha sonora se faz presente com tons originais.

Dan Stulbach é o nosso Tom Hanks brasileiro, mas aqui divide o espaço de protagonista e não nos comove até o meio do filme, mas o final é uma surpresa para que aguentou até agora. Não se tem muito a explorar, já que os personagens principais são na maior parte observadores. Nesse filme vimos dois capítulos de uma novela que cansa e quem assiste uma vez não quer ver de novo.

Quando vemos essa obra, entendemos que seja uma forma de repetir o sucesso do livro, mas se torna limitado o público quando não se adiciona algo que nem os leitores desejam ver, e muito menos os cinéfilos. É difícil enfrentar o preconceito que ainda existe por ser um filme nacional, ainda mais por ser adaptação de um livro de autoajuda.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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