Anjos da Noite: Guerras da Sangue

Danilo de Oliveira
5 Min de Leitura

A serie Anjos da Noite chega ao seu quinto filme! Inicialmente anunciado como um reboot da franquia, Anjos da Noite: Guerras de Sangue, acabou se tornando mais uma continuação da saga de Selene, a vampira, interpretada por Kate Beckinsale, que se tornara uma proscrita de sua raça.Em 13 anos que caminha, a série nunca atingiu um grande nível de qualidade, mas sempre manteve uma regularidade. Ou seja, se você é fã e curte Anjos da Noite – Underworld, Anjos da Noite – A Evolução, Anjos da Noite – A Rebelião e Anjos da Noite – O Despertar, é muito provável que também goste de Anjos da Noite – Guerras de Sangue. Agora, se você não é lá muito chegado na franquia, não será esse que ira lhe fazer curtir o novo filme. Repetitivo, por sinal, é a palavra da vez.

Afastada de todos aqueles que ama, Selene permanece em sua busca pelo seu amado Michael Corvin e acaba se tornando alvo dos lycans, que agora contam com um novo líder, Marius (Tobias Menzies, o Edmure Tully de Game of Thrones). Esse, porém, é apenas o primeiro de seus problemas, visto que a vampira Semira (Lara Pulver), tem outros planos, envolvendo o sangue da protagonista. Felizmente, Selene conta com alguns aliados, como David (Theo James), cuja primeira aparição ocorrera em O Despertar e seu pai, Thomas (Charles Dance), um dos mais antigos imortais ainda vivos.

Sob direção de Anna Foerster, a primeira mulher a dirigir um filme da franquia, que também marca sua estreia na tela grande, a franquia ganha um ponto a mais por trazer personagens femininas de maior destaque. Evidente que a protagonista sempre fora uma mulher, mas, além dela, todos os outros personagens relevantes eram homens e com isso acaba oferecendo novos ares para a saga, diferenciando a obra daquilo que veio antes consideravelmente.

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Porem, não espere grandes desenvolvimentos de personagens, nem atuações memoráveis, afinal, a graça aqui é se divertir com as batalhas entre vampiros e lobisomens, quando o CGI não atrapalha, claro.

O universo de Anjos da Noite é interessante o suficiente para acomodar outras histórias, afinal a luta eterna entre dois dos maiores seres da ficção de terror tem muito potencial. O erro, talvez, seja cada um dos filmes focar no “fim de tudo”, como se a cada filme a batalha final fosse travada.

O roteiro está repletos de falhas, diálogos ridículos e planos questionáveis, que só bagunçam ainda mais o filme que tem ideias interessantes, mais que não sabe explorar.

O visual, como de costume, é bem sóbrio, mantendo o estilo de figurino e maquiagem dos anteriores. A única diferença é a presença de um clã nórdico, que acaba trazendo um estilo especial(fiquei querendo ver mais deles).

No campo das atuações como disse antes não espere grandes atuações.A participação de Charles Dance interpretando Thomas, pai de David tem uma certa imponência dado ao ator e  chega a mandar bem no inicio junto com Lara Pulver (interpretando Semira). Porém, quando as coisas começam a ficar mais agitadas, apesar de um bom começo na história e uma reviravolta interessante, as coisas não se mantem boas e o filme entra numa quantidade enorme de clichês e cenas sem importâncias e mal interpretadas. Selene é uma personagem diferente dos demais filmes, ela está sofrendo, e Kate talvez seja a única atriz e personagem que continua interessante.

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Os demais, como David e Marius – o grande vilão do novo filme -, são forçados demais e ouso a dizer que David seja um personagem muito parecido com Quatro, da série Divergente. O cara ainda não convenceu (ao menos não a mim) fazendo personagens parecidos e sem profundidade. Ele luta bem, às vezes tem um certo destaque, mas parece faltar muita coisa ainda pra ele. Simplesmente não convence.

No fim, Anjos da Noite: Guerras de Sangue não nos oferece nada de novo, ainda que seja um gratificante retorno às origens da franquia. Com pontos que soam perdidos dentro do roteiro e uma progressão narrativa rápida demais, a obra acaba se qualificando como um simples filme de ação, feito somente para divertir, mas sem entregar nada mais profundo que isso. Ainda assim, é uma obra que certamente irá agradar aos fãs da franquia.

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