Crítica – Inferno

Emile Campos
3 Min de Leitura

Robert Langdon retorna mais uma vez para salvar o mundo, em uma jornada repleta de enigmas na mesma receita de bolo projetada por Dan Brown.

Novamente dirigido por Ron Howard e protagonizado por Tom Hanks, Inferno é aquele filme para ser visto se você gostou de O Código da Vinci e Anjos e Demônios, porem não acrescenta nada de novo efetivamente ao que já foi mostrado nos anteriores.

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Novamente a trama gira em torno de Langdon (Tom Hanks), que, ao acordar sem parte da memória em um hospital, é ajudado pela Dra. Sienna Brooks (Felicity Jones), visto que o professor está sendo perseguido por uma mulher vestida de policial, que não hesita em matar um funcionário do hospital. A partir daí, eles passam a seguir as pistas deixadas por Bertrand Zobrist (Ben Foster), um bilionário que defendia que a raça humana estava em perigo devido a superpopulação, em obras de arte relacionadas a Dante Alighieri, que os levaria a uma doença a ser espalhada para dizimar metade da raça humana.

Como foi dito acima, Inferno conta com os exatos mesmos elementos dos dois filmes anteriores. Temos o personagem que não parece ser o que é, pistas deixadas por um homem morto, utilização de uma figura ilustre renascentista como base da estética e da investigação em si e uma organização oculta perseguindo o protagonista. É muita falta de criatividade e ousadia, simplesmente repetir o que veio antes de forma tão descarada e faz toda a franquia soar como uma série procedural, com o clássico vilão da semana. Com isso, não há como não prever tudo que irá acontecer ao longo da obra, quebrando nossa imersão significativamente.

Pelos menos as atuações de Hanks e Jones seguram o publico durante o filme. Ambos funcionam perfeitamente juntos, ainda que seus conhecimentos infinitos sobre a renascença requisitem um pouco de nossa suspensão de descrença. O ator já soa bastante à vontade no papel e consegue transmitir uma naturalidade em suas falas e maneira de agir, enquanto sua contraparte, especialista em Dante, conveniente, mas com uma justificativa no roteiro, nos traz uma atuação genuína que, como de costume, convence o espectador, ainda que, no terço final, o texto não contribua muito para a personagem.

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Já o francês Omar Sy e o indiano Irrfan Khan chamam a atenção mesmo com papéis de pouco destaque. Aliás, essa diversidade no elenco é um dos pontos positivos da produção.

Bom, Inferno não acrescenta absolutamente nada de novo, é o exato mesmo filme de 2006, com algumas mudanças a fim de abordar outras figuras ilustres da renascença.O típico”enlatado Hollywoodiano”que diverte o espectador de forma descontraída,apresentando um roteiro previsível e genérico.Uma boa opção para passar uma tediosa tarde de domingo e só!

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