Comovente e significativo, MMA: Meu Melhor Amigo aborda temas importantes

Danilo de Oliveira
4 Min de Leitura
3 Bom
Critica - MMA: Meu Melhor Amigo

Dirigido por José Alvarenga Jr. e protagonizado pelo ator e apresentador Marcos Mion, MMA: Meu Melhor Amigo, explora temas importantes como a inclusão social, partenidade e a convivência com pessoas do espectro autista.

Mion que é um dos grandes embaixadores da causa no país participou de toda a concepção da produção e tudo o que vemos aqui no longa, mesmo que jogue no seguro dos clichês de gênero, entrega uma obra que sabe respeitar seus temas sem querer apelar para o melodrama barato ou apressado demais neles.

Na trama, Max Machadada (Marcos Mion) era um dos maiores expoentes do MMA, até o dia em que machucou o ombro e nunca mais conseguiu voltar ao octógono.  Desde então, Max passa os dias praticando o esporte sem muita vontade na academia, e passa as noites com mulheres e muita bebedeira.

Star Distribuidora/Reprodução

Até o dia em que Laís (Andréia Horta, de ‘Cidade de Deus: A Luta Não Para’) aparece em sua vida, contando-lhe que ele tivera um filho com sua amiga (Vanessa Giácomo) oito anos atrás. Essa notícia já seria uma surpresa e tanto para Max, mas então ele descobre que seu filho, Bruno (Guilherme Tavares), vive no espectro autista, e Max não faz a menor ideia de como tratar a criança.

No meio disso tudo, Max está com uma luta super importante marcada, que poderá colocar sua carreira de volta aos eixos, e agora ele precisará entender quais são as verdadeiras prioridades em sua vida.

Escrito por Paulo Cursino (que já escreveu a comédia ‘Os Farofeiros’) e Daniel Belmonte (de ‘B.O.’), com supervisão e argumento do próprio Mion, parte da idéia de usar a ficção para conscientização tanto do seu público, quanto o geral, trazendo dois cernes para o projeto: o lutador e o autismo.

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O primeiro é claramente inspirado em obras como Rocky Balboa, tendo um lutador já quase no fim da carreira que precisa se erguer para enfrentar um último e poderoso desafio( a parte final da luta é claramente inspirado nos filmes do Van Damme). Já o outro, explora o drama e a causa autista e é onde o longa encontra seu diferencial e maior destaque. A relação de Max e Bruno não tem pressa em se desenvolver e flui de uma forma muito natural que cativa bastante nas quase duas horas de duração.

Nele vemos Mion muito mais natural e com o brilho impressionante do jovem Guilherme Tavares, que arrasa na atuação como um menino autista com dificuldades de socialização. Guilherme é o centro de todas as cenas em que aparece, roubando toda a nossa atenção e conquistando o público com seu carisma.

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O elenco ainda temos Andreia Horta, Antônio Fagundes, Hoji Fortuna, Laura Luz e Augusto Madeira, todos bem dentro dos seus personagens.

Pra finalizar, MMA: Meu Melhor Amigo se utiliza do entretenimento para nos passar uma importante mensagem de inclusão social. Comovente, didático e significativo, o filme presta um ótimo serviço em mostrar (principalmente ao público que não tem contato com pessoas autistas) como a sociedade pode conviver em harmonia com pessoas no espectro.

Critica - MMA: Meu Melhor Amigo
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Nota Cinesia 3 de 5
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