Lançado em 2016 (embora já aparecesse na antologia All Hallows’ Eve antes) Terrifier e o palhaço Art só vieram a ser reconhecido do grande publico com seu segundo longa em 2022.
A franquia criada por Damien Leone ganhou notoriedade pelo gore e violência exagerada que fez muitos expectadores nos EUA passarem mal durante suas sessões, isso despertou o interesse e a curiosidade pelo filme que agradou por trazer um vilão icônico e estrutura e elementos de filmes de slasher bem característicos dos anos 80 sem poupar a plateia da sua violência.
Terriefier 3 chega para mais uma rodada de sangue, tripas e muito sadismo por parte do vilão, ampliando tudo isso em um grau ainda mais insano! Um prato cheio para quem curte um bom slasher bem trash e sanguinolento, ainda mais na semana do Halloween!
Depois de sobreviver aos brutais ataques do palhaço serial killer, Sienna (Lauren LaVera) passou um tempo em uma casa de reabilitação, onde foi medicada e tratada por conta de seus traumas, enquanto seu irmão mais novo, Jonathan (Elliott Fullam) seguiu com sua vida, indo para a faculdade. Com a proximidade das festas de fim de ano, Sienna recebe alta para ir para a casa da tia, Jessica (Margareth Anne Florence), onde tenta recomeçar a vida retomando o convívio com sua prima, Gabbie (Antonella Rose). Mas por mais que se esforce, as memórias de sua família sendo assassinada voltam a assombrá-la, e a proximidade do Natal faz com que ela sinta a presença de Art (David Howard Thornton) com cada vez mais frequência…
A franquia Terrifier apesar de utilizar um escopo bem simples do cinema do terror, foi se estruturando aos longo de suas sequencias. O primeiro trazia apenas duas jovem tentando sobreviver a um palhaço assassino, o segundo elaborou melhor as estruturas e trouxe uma final girl e ampliou o gore e a violência ao mesmo tempo que moldou ainda mais a personalidade do seu vilão o tornando mais icônico.
O terceiro capitulo amplia ainda mais a violência não poupando ninguém no caminho do palhaço ao mesmo tempo que vai aos poucos apresentando mais conceitos em sua mitologia. O roteiro segue a estrutura básica do cinema de slasher, já manjada, mas que feita com eficiência, porque em nenhum momento Leone tenta subestimar a inteligência do seu espectador com reviravoltas mirabolantes, apenas o velho e bom terror com mortes exageradas e um vilão ainda mais sádico possível.
Os momentos de matança são literais e brutais, com muito close, tripas saindo, sangue escorrendo para todos os lados e bastante requinte de crueldade. Versátil, Art faz uso de tudo que possa lhe servir como ferramenta para matar – martelo, bastão, arma, faca, vidro, motosserra. Nesse crescente, há cenas que podem fazer (mesmo!) pessoas passarem mal, e há cenas que ultrapassam os limites do exagero, quase sendo um fatality da franquia Mortal Kombat.
O ator David Howard Thornton também eleva o nível de sua performance como Art. O artista se vale de mímicas e muita expressão corporal para tornar o personagem mais cômico e divertido, como em uma cena em que finge ser um fã de Papai Noel ao ver um homem vestido como o Bom Velhinho.
Como a mocinha Sienna Shaw, Lauren LaVera. volta a entregar uma boa atuação, agora com a sua personagem um pouco mais problemática.
Ela consegue passar bem os conflitos da protagonista por não conseguir esquecer os fantasmas que ainda a assombram por causa do palhaço psicopata. Ela confirmou neste filme que é uma boa final girl, algo que precisa funcionar bem para que o filme se diferencie de tantos outros que saem nos cinemas e streamings todos os anos.
Usando bem o sadismo e o deboche de Art, para configurar mortes criativas e cheias de exagero e crueldade, Terrifier 3 é o melhor e mais violento da franquia, trazendo o bom e velho slasher cheio de sangue e tripas para satisfazer os fãs do terror de estomago forte!