Lançado em 2008, Os Estranhos de mansinho chegou e entregou. O longa estrelado por Scott Speedman e Liv Tyler era simples, procurava pouco explorar seus vilões e era tenso de roer as unhas. Uma das melhores produções de invasão doméstica já feitas!
O filme ganhou uma sequência quase 10 anos depois com Os Estranhos 2: A Caçada Continua mas chegou a ter o primor do original. Agora em 2024, a franquia é trazida novamente com uma trilogia filmada simultaneamente por Renny Harlin (que já dirigiu Duro de Matar 2 e Do Fundo do Mar) e que tem seu primeiro capítulo chegando agora nesta quinta-feira (30) nos cinemas nacionais. Vendido pelo trailer com a frase: “Descubra como Os Estranhos se tornaram Os Estranho”. Isso parecia claro que o filme mostraria o surgimento desses assassinos mascarados para que eles chegassem no ponto do filme de 2008, certo? Errado. O remake utiliza a mesma base do roteiro de 2008 mas consegue falhar em todas elas e entregar um filme pífio e irritante.
A trama do filme segue o do original, um casal se isola em uma cabana no meio da floresta e passa a ser caçado por um trio de assassinos mascarados.
A premissa já era básica em 2008, que dirá 16 anos depois! Contudo o original fazia algo que esse peca absurdamente: ver sua simplicidade e torna-la uma idéia fértil no gênero. Aqui simplesmente os produtores pensaram em refazer o já feito, achando que seria interessante, mas o roteiro de Alan R. Cohen e Alan Freedland é uma junção dos piores e previsíveis clichês do terror, adicionada a diálogos idiotas e que quebram momentos chaves de tensão ao invés de dar-lhe impacto. Ou tudo é feito de forma exaustiva ( alguém anda e aprece uma sombra ou alguém batendo na porta), ou da forma mais idiota ( um “casa comigo” em um momento que era pra ser tenso). A utilização do jumpscares beiram o amadorismo e olha que estamos falando de um diretor que já tem uma certa rodagem no mercado, mas aqui parece está no automático.
Outro grande problema dessa nova releitura está no casal de protagonista. Maya (Madelaine Petsch) e Ryan (Froy Gutierrez) estão mais apaixonados e unidos do que nunca, uma diferença em relação ao de 2008 que está numa crise, mas falta química e falta carisma por parte dos dois. Em nenhum momento nos conectamos com algum deles, e suas tomadas de decisões auxiliada pelo roteiro é jogar pelo ralo qualquer esperança de imersão no longa. Sério eu fiquei contando as horas pra a sessão acabar diante daquilo que estava presenciando.
Até para o fator classificação indicativa o filme peca. Recomendado para maiores de 16 anos, o gore e a violência é muito mal aproveitada aqui. Se comparado a outra produção que estréia essa semana no cinema nacional ( Imaculada) Os Estranhos: Capítulo 1 é algo pra adolescente, já que pouca coisa acontece nos 90 minutos do longa.
No final disso tudo, fica ainda uma pergunta que não quer calar? Pra quer de temos mais 2 filmes pra vir aí? O que esperar deles? Sinceramente não vejo nada de esperança diante do que vir no primeiro exemplar.
Pra finalizar, Os Estranhos: Capitulo 1 é um terror no pior sentido da palavra. Um remake que se contenta em refazer o seu original da forma mais preguiçosa e pífia possível. E ainda vêm mais 2 filmes por aí! Que Deus tenha piedade de nós!