O filme biográfico de 2015 é uma homenagem eterno James Dean, ator repleto de atitude que faleceu aos 24 anos em um acidente de carro. Embora seja um drama, este tem o intuito de celebrar os 60 anos de seu falecimento (30 de setembro de 1955). Dirigido por Anton Corbijn (dos filmes “Control” e “O Homem Mais Procurado”), conhecido por dirigir muitos clipes de bandas como U2, Metallica e Nirvana; este nos levará por uma viagem no tempo.
Diferente de “James Dean”, filme de 2001 com James Franco interpretando o peculiar jovem de Indiana, este é sobre a relação dele com a fama e principalmente com o fotógrafo Dennis Stock, amigo responsável pela maioria das fotos que hoje existem de Dean, que aqui é interpretado pelo ator Dane DeHaan (“O Espetacular Homem-Aranha 2”) que se destaca ao passar com fidelidade a aparência, e ao mesmo tempo as angústias presenciadas por Stock, personagem de Robert Pattinson (“Saga Crepúsculo”), outro que faz o seu melhor mesmo sem estar no auge.
Com boas representações dos anos 50, seja na música quanto no figurino, a obra que começa morna se manteve morna. Por mais que o filme intercale entre a depressiva vida de James e a insegura estrada de Dennis, não será tão animador ser transportado para os bastidores de nenhum dos núcleos. O breve destaque é o da atriz Alessandra Mastronardi, que alcança a beleza e o talento ao estar na pele da italiana Pier Angeli.
Como todo conteúdo biográfico que possui um fim trágico, este fez o mesmo ao narrar o que se sucedeu na vida de ambos. A conclusão não provocou nada, uma vez que está mais para um documentário sem narrador. É fácil entender que a bela fotografia somada com uma trilha sonora (que remete à geração em que James Dean viveu) façam desse, um filme apropriado para salas de arte ou até festivais de cinema. Não é pra todos.