Godzilla e Kong: O Novo Império é o Monsterverse em sua essência

Danilo de Oliveira
5 Min de Leitura
Warner Bros/REprodução
3 Bom
Critica - Godzilla e Kong: O Novo Império

Lançado há dez anos com Godzilla (2014) o Monsterverse surgiu para ser o universo de filmes de monstro da Legendary Pictures. A produção seguiu com Kong: Ilha da Caveira que agora além do lagarto atômico trazia o King Kong para esse universo.

Em 2019, Godzilla 2: Rei dos Monstros, mantinha a franquia nos trilhos continuando expandindo o universo com mais criaturas e preparando tudo para um embate entre os protagonistas. Esse apice se fez em Godzilla vs Kong em 2021.

Continuando a franquia agora em 2024, Godzilla e Kong: O Novo Império traz os dois titãs se unindo pra enfrentar um novo e perigoso adversário em mais uma aventura que segue os moldes característicos do Monsterverse de ser.

Warner Bros/Reprodução

A trama  segue depois dos eventos de Godzila vs Kong, o gorila está morando sozinho na Terra Oca enquanto Godzilla segue na Terra. Quando uma ameaça surge nos subterrâneo da Terra Oca os dois titãs precisaram colocar as disputas de lado e se unirem para enfrentar esse inimigo.

O roteiro segue expandindo a franquia e explorando mais da Terra Oca que vimos no longa anterior, adicionado mais criaturas, biodiversidades e claro novas mitologias sobre a pouco conhecida região. O drama humano ainda está aqui e segue sendo explorado de maneira piegas como nos vários filmes da franquia. O foco aqui está na relação familiar entre a Dra. Andrews vivida por Rebecca Hall e a garota Jia interpretada por Kaylee Hottle, o problema continua na abordagem e nos diálogos piegas e clichês que nunca se cria interesse em acompanhar.

Warner Bros/Reprodução

Outro grave problema está na trama repleta de conveniências e diálogos expositivos. Tudo é jogado na trama para acontecer e as soluções são resolvidas em um dialogo ou solução a poucos metros de distância (a explicação para a nova manopla do Kong é uma delas), isso sem falar na trama precisar ser explicada o tempo todo pra o publico da forma mais irritante possível. São problemas que permeiam todo Monsterverse de alguma maneira (e principalmente o filme anterior) que falta ser melhor desenvolvido pelo produtores.

Em compensação se a trama é só um motivo para embates de criaturas gigantes, aqui mora o seu maior acerto! Os reais protagonistas desse filme são realmente Kong e Godzilla, visto que os dois personagens são os que movimentam a narrativa e tudo que acontece nela. Mas aqui, Kong rouba mais tempo de tela e é o primata gigante que acompanhamos a maior parte do filme, desde a primeira cena até a última. É incrível vê-lo se comunicar apenas com sua feição, de um modo que todos conseguem entender o que se passa na cabeça dele e como ele interage com outros seres.Com poucas cenas, Godzilla passa a ser uma espécie de anti-herói, juntando-se a Kong mais por uma força externa do que realmente por querer ajudar os humanos.

Warner Bros/Reprodução

Adam Wingard apesar de sua direção sem tanta identidade consegue extrair momentos de pura destruição quando essas criaturas se cruzam. O CGi é muito bem feito e mesmo com cenários iluminados não há quedas ou falhas significativas, o que ajuda na imersão.  As pancadas colossais do Kong com as rajadas de energia de Godzilla são de um primor de se acompanhar na tela grande, e para os fãs de kaijus é um prato cheio. Egito, Roma, França e até o Rio de Janeiro são alguns dos cenários para porradaria de monstros.

Godzilla e Kong: O Novo Império segue o padrão do Monsterverse, entregando embates titânicos e mega divertidos entre criaturas gigantes em uma trama puramente escapista. É a velha produção despretensiosa para desligar o cérebro e se divertir com os amigos com aquela boa pipoca e refrigerante de praxe!

Critica - Godzilla e Kong: O Novo Império
Bom 3
Nota Cinesia 3 de 5
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