Lançado há dez anos com Godzilla (2014) o Monsterverse surgiu para ser o universo de filmes de monstro da Legendary Pictures. A produção seguiu com Kong: Ilha da Caveira que agora além do lagarto atômico trazia o King Kong para esse universo.
Em 2019, Godzilla 2: Rei dos Monstros, mantinha a franquia nos trilhos continuando expandindo o universo com mais criaturas e preparando tudo para um embate entre os protagonistas. Esse apice se fez em Godzilla vs Kong em 2021.
Continuando a franquia agora em 2024, Godzilla e Kong: O Novo Império traz os dois titãs se unindo pra enfrentar um novo e perigoso adversário em mais uma aventura que segue os moldes característicos do Monsterverse de ser.
A trama segue depois dos eventos de Godzila vs Kong, o gorila está morando sozinho na Terra Oca enquanto Godzilla segue na Terra. Quando uma ameaça surge nos subterrâneo da Terra Oca os dois titãs precisaram colocar as disputas de lado e se unirem para enfrentar esse inimigo.
O roteiro segue expandindo a franquia e explorando mais da Terra Oca que vimos no longa anterior, adicionado mais criaturas, biodiversidades e claro novas mitologias sobre a pouco conhecida região. O drama humano ainda está aqui e segue sendo explorado de maneira piegas como nos vários filmes da franquia. O foco aqui está na relação familiar entre a Dra. Andrews vivida por Rebecca Hall e a garota Jia interpretada por Kaylee Hottle, o problema continua na abordagem e nos diálogos piegas e clichês que nunca se cria interesse em acompanhar.
Outro grave problema está na trama repleta de conveniências e diálogos expositivos. Tudo é jogado na trama para acontecer e as soluções são resolvidas em um dialogo ou solução a poucos metros de distância (a explicação para a nova manopla do Kong é uma delas), isso sem falar na trama precisar ser explicada o tempo todo pra o publico da forma mais irritante possível. São problemas que permeiam todo Monsterverse de alguma maneira (e principalmente o filme anterior) que falta ser melhor desenvolvido pelo produtores.
Em compensação se a trama é só um motivo para embates de criaturas gigantes, aqui mora o seu maior acerto! Os reais protagonistas desse filme são realmente Kong e Godzilla, visto que os dois personagens são os que movimentam a narrativa e tudo que acontece nela. Mas aqui, Kong rouba mais tempo de tela e é o primata gigante que acompanhamos a maior parte do filme, desde a primeira cena até a última. É incrível vê-lo se comunicar apenas com sua feição, de um modo que todos conseguem entender o que se passa na cabeça dele e como ele interage com outros seres.Com poucas cenas, Godzilla passa a ser uma espécie de anti-herói, juntando-se a Kong mais por uma força externa do que realmente por querer ajudar os humanos.
Adam Wingard apesar de sua direção sem tanta identidade consegue extrair momentos de pura destruição quando essas criaturas se cruzam. O CGi é muito bem feito e mesmo com cenários iluminados não há quedas ou falhas significativas, o que ajuda na imersão. As pancadas colossais do Kong com as rajadas de energia de Godzilla são de um primor de se acompanhar na tela grande, e para os fãs de kaijus é um prato cheio. Egito, Roma, França e até o Rio de Janeiro são alguns dos cenários para porradaria de monstros.
Godzilla e Kong: O Novo Império segue o padrão do Monsterverse, entregando embates titânicos e mega divertidos entre criaturas gigantes em uma trama puramente escapista. É a velha produção despretensiosa para desligar o cérebro e se divertir com os amigos com aquela boa pipoca e refrigerante de praxe!