Agora é oficial! Após quase dois anos de negociações, a compra da Activision Blizzard foi concluída nesta sexta-feira (13). Nesta manhã, a aquisição foi aprovada oficialmente no Reino Unido, permitindo que a Microsoft finalizasse o acordo no valor de quase US$70 bilhões – o mais caro da história dos games.
O órgão regulatório britânico (CMA) divulgou seu parecer final por meio de comunicado, em que esclarece que aceitou de forma definitiva o novo acordo de compra da Activision, em que os direitos de streaming por nuvem ficam a cargo da Ubisoft na Europa.
“Hoje, nós oficialmente damos às boas-vindas à Activision Blizzard e suas equipes à Xbox”, anuncia a Microsoft em seu site oficial, celebrando o fim dos longos trâmites burocráticos. O texto assinado por Phil Spencer, o chefão da divisão de games da empresa, destaca o impacto dessas franquias não só no mercado, mas na própria cultura e como é incrível ter times tão importantes e lendários trabalhando junto da Xbox a partir de agora.
“Como um único time, vamos aprender, inovar e continuar a entregar nossa promessa de levar diversão para mais pessoas”, afirma. Segundo Spencer, a chegada da Activision e suas propriedades intelectuais expande o foco que a Microsoft adotou de inclusão, comprometimento que ele destaca com a política de Jogo para Todos. “Juntos, vamos criar novos mundos e histórias, trazer seus jogos favoritos para mais lugares para que mais jogadores possam aproveitar, incluindo dispositivos móveis, streaming na nuvem e muito mais”.
No seu comunicado anunciando a aquisição final da Activision Blizzard, Phil Spencer destaca que sim — mas não agora. “Hoje começamos o trabalho de trazer as amadas franquias da Activision, Blizzard e King para o Game Pass e outras plataformas. Vamos trazer mais novidades sobre quando você vai poder jogá-las nos próximos meses”, explica. “Nós sabemos que vocês estão animados, assim como nós também estamos”.
A aprovação foi um trajeto longo iniciado em janeiro de 2022, quando a Microsoft anunciou a compra da Activision Blizzard por nada menos do que US$ 68,7 bilhões — uma das maiores aquisições do mercado de jogos até hoje. Desde então, o negócio foi avaliado e contestado por órgãos de regulação antitruste de várias partes do mundo, como o próprio CMA britânico e o FTC americano.
Parte da demora estava na própria movimentação da concorrência para tentar impedir a compra da Activision. A Sony foi uma das principais agentes para tentar barrar a aquisição, alegando que a rival poderia monopolizar o mercado ou que a exclusividade de certos títulos seria prejudicial ao consumidor. E foram esses tópicos que os órgãos reguladores avaliaram incansavelmente nesses 21 meses.
Ao longo desse período, a Microsoft fez algumas concessões e assumiu o compromisso de não tornar títulos como Call of Duty exclusivos do Xbox. Para isso, assinou um acordo com a Nintendo para garantir a série de tiro nos consoles da empresa pela próxima década e ainda licenciou jogos da Activision para o Ubisoft+.
“Como prometido, vamos continuar a fazer mais jogos disponíveis em mais lugares”, afirma Phil Spencer. “Para os milhões de fãs que amam os jogos da Activision, Blizzard e King, queremos que saibam que hoje é um bom dia para jogar. Vocês são o coração e a alma dessas franquias e estamos honrados de ter vocês como parte de nossa comunidade”.
O executivo faz questão de destacar e citar outras plataformas, justamente nesse esforço de mostrar que a ideia da compra não é limitar o acesso a esses jogos, mas expandir o alcance da Microsoft. “Se você joga no Xbox, PlayStation, Nintendo, PC ou mobile, você é bem-vindo aqui — e vai continuar sendo, mesmo se o Xbox não é onde você joga suas franquias favoritas. Porque, quando todo mundo joga, todos nós ganhamos”.