Surgido no início dos anos 90 , nos bailes funk em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, Claudinho & Buchecha se tornaram um dos maiores fenômeno musicais da época.
Durante 10 anos e inúmeros sucessos a dupla saiu da periferia e conquistou o mundo, uma pena que Claudinho se foi em um acidente em 2002, mas aqui na cinebiografia da dupla essa homenagem ao legado da dupla e o foco na personalidade altruísta de Claudinho que Nosso Sonho, que pega o título de uma das mais icônicas canções da dupla se destaca.
No filme biográfico, acompanhamos os cantores em seus primeiros anos de vida, em que já eram uma dupla de amigos antes mesmo de “agitar o mundo” com o “Rap do Salgueiro”, trabalho criado para um concurso de música e que os levou ao estrelato.
A trama narrada pela ótica de Buchecha (o ótimo Juan Paiva) pincela momentos da vida dos dois, amigos desde de moleque, suas vivências com familiares e amigos e como conseguiram alcançar o sucesso.
Além disso, sobre a ótica do amigo, Claudinho ganha um destaque bem mais emocional, sendo ele o cara pra frente e positivo da dupla que sempre via esperança e como diz Buchecha um “anjo”. Esse foco mais pessoal da dupla é muito bom pra nos deixar mais envolvidos no filme, que mesmo pegando estruturas já presente em várias produções do gênero, ganha ainda mais destaque pela química da dupla Lucas Penteado e Juan Paiva.
Os dois trabalharam juntos em Malhação: Viva a Diferença (2017) aqui estão tão confortáveis em seus papéis, com uma química tão boa em tela, que é quase como se tivessem se preparado para esse momento por uma vida inteira. Paiva carrega a parte mais dramática, vide pela instabilidade familiar e seu respeito a música que seu personagem exerce durante o filme inteiro. Já Lucas muito carismático e detalhista em sua atuação, como eu falei acima, carrega a leveza e altruísmo do personagem.
Além do talento da dupla e do bom desempenho de seus colegas de cena como Clara Moneke, Lellê e Nando Cunha, é impossível não mencionar o quão bem ambientada é a produção.
O trabalho de arte e figurino não decepcionaram em nos transportar aos berços do funk carioca, ao sentimento gostoso de ouvir aquelas músicas tocando em festas do bairro, e, principalmente, em transformar os jovens sonhadores em Claudinho & Buchecha.
Apesar de não abordar tanto sobre Claudinho, vide que o foco do longa é narrar a partir da ótica de Buchecha, Nosso Sonho, se faz uma emocionante e segura homenagem ao legado de uma dupla que marcou a música nacional. “Nosso Sonho não vai terminar”