Liam Neeson se tornou uma figura carimbada nos filmes de ação e suspense nos últimos anos.
O sucesso do seu personagem na trilogia Busca Implacável o fez cria uma persona de protagonista brucutu que com uma frase de efeito trazia o medo ao maio inimigo.
Além disso o ator junto com o diretor Jaume Collet-Serra fizeram uma parceria de sucesso em suspense como Sem Escalas e Desconhecido. Serra já é habitual de fazer esse tipo de suspense situado em um só local, só que aqui em A Chamada, remake do filme espanhol El Desconocido (2015) o diretor aparece apenas como produtor e apesar do seu início e premissa interessante, não tem o dinamimos de a parceria Neeson e Collet proporcionou em obras anteriores.
O longa coloca Neeson como Matt Turner um homem de negócio no lugar errado e na hora errada, forçado a defender a sua honra e sua família ao atender uma chamada de desconhecido que implantou no banco do seu carro uma bomba e irá explodir caso Turner não siga suas ordens.
A premissa como eu falei acima lembra Sem Escalas com Velocidade Máxima e consegue a atenção do espectador logo de cara, já que a trama não traz muito rodeios.
Contudo ao passar do tempo, o filme começa a se perder nas próprias pernas, já que sem o dinamismo de Collet-Serra, seu senso espacial ou seu apuro para o trabalho de câmera, e até nas suas saídas mirabolantes de outros projetos, aqui tudo tenta ser um tanto sério e até burocrático que seu encerramento se torna, sendo bem qualquer coisa.
A direção de Nimród Antal que é um pau da toda obra, até tenta criar um suspense inicial e combinar bem algumas montagens de explosão em câmera lenta, mas no geral é tudo bem básico e nada fora do lugar comum de obras do gênero. Liam Neeson apesar de não ser o “Anjo da Morte” que muitos esperam de ver quando vêm ele em cartaz em produções típicas, confere uma atuação dentro do que os papéis exigem. Sua interação com os filhos vividos por Lilly Aspell e Jack Champion confere a parte dramática da obra.
A Chamada é aquele típico filme a lá Por Um Fio e Celular (2004) que apesar da boa premissa, não sabe executar bem e fazer uma produção digna do gênero como esses que mencionei. A parceria Collet Serra e Neeson faltou tempero a mais aqui.