Após anunciar a partir de quando deve dar início ao processo para bloquear o compartilhamento de senhas, a Netflix explicou de que forma será feito esse bloqueio — uma das principais dúvidas dos usuários do serviço.
As informações foram divulgadas por meio da Central de Ajuda da Netflix nos EUA [via The Streamable].
Para cortar a prática do compartilhamento de senhas, a Netflix vai implementar um sistema de reconhecimento por rede Wi-Fi. As contas da Netflix ainda podem ser compartilhadas, mas apenas dentro de um domicílio. Para garantir que seus dispositivos estejam associados ao seu local principal, a Netflix agora solicita que os usuários se conectem ao Wi-Fi em seu local principal, abram o aplicativo ou site da Netflix e assistam a algo pelo menos uma vez a cada 31 dias.
As contas devem ser usadas apenas em um mesmo domicílio. A Netflix solicitará que os usuários que tentarem fazer login em sua conta em outro lugar a criarem sua própria conta, e bloqueará o acesso até que o façam. A Netflix não começará a cobrar automaticamente os titulares de contas cujas informações são usadas fora de suas casas.
Acessar a Netflix fora de casa pode fazer com que o dispositivo em uso seja bloqueado pelo streaming. Isso pode impedir que você faça login em novos dispositivos enquanto viaja, mas a Netflix criou uma solução alternativa. Os usuários viajantes que desejarem usar a Netflix em uma Smart TV de hotel, laptop da empresa ou outros dispositivos podem solicitar um código de validação temporário do serviço ao fazer login. Isso lhes dará acesso à conta por sete dias consecutivos.
A empresa vinha buscando formas de combater o compartilhamento de senhas desde meados de 2022, quando enfrentava um período de crise e queda brusca no número de assinantes. Assim, o fim do compartilhamento poderia representar uma forma de compensar as perdas financeiras. Em dezembro, a notícia foi confirmada, e agora novos detalhes começam a aparecer.
A nova medida deve começar a ser implementada nos Estados Unidos, por volta do final de março e começo de abril. Ainda não há previsão de quando ela chegará ao Brasil.
Na Costa Rica, Peru e Chile, onde testes estão em andamento, usuários que compartilham a senha tem que pagar uma taxa pelo usuário extra. O preço é algo em torno de 15 reais.